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Gentiloni: Donohoe "tem o que é preciso" para liderar Eurogrupo em tempos difíceis

O comissário europeu da Economia, Paolo Gentiloni, disse esta quinta-feira acreditar que o irlandês Paschal Donohoe "tem o que é preciso" para liderar o Eurogrupo "em tempos de desafios sem precedentes".

Paolo Gentiloni diz que a Comissão está a coordenar decisões nacionais.
John Thys Pool/Reuters
09 de Julho de 2020 às 20:40
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Na conferência de imprensa no final de uma reunião do Eurogrupo durante a qual o ministro irlandês foi eleito presidente do fórum, Gentiloni elogiou o novo líder e também o seu antecessor, Mário Centeno, que hoje se despediu da Europa.

Felicitando "calorosamente" Donohoe pela sua eleição, o comissário italiano sublinhou que o irlandês assume funções num contexto particularmente difícil e advertiu que a missão que tem pela frente é complexa, pois "não é só uma questão de gerir a crise, mas também de tornar a zona euro mais forte, mais resiliente e mais sustentável".

"Mas eu sei, Paschal, que tens o que é preciso para forjar um consenso forte e traçar um caminho ambicioso", afirmou, acrescentando que pode contar com a Comissão Europeia como "um parceiro fiável" nessa missão.

Gentiloni fez questão de deixar "mais uma palavra de agradecimento" a Mário Centeno "pelo seu trabalho árduo" ao longo dos últimos dois anos e meio.

Apontando que só teve oportunidade de trabalhar de perto com Centeno nos últimos sete meses -- a "Comissão Von der Leyen" só iniciou funções em finais de 2019 --, o comissário da Economia salientou todavia que este foi um período repleto de desafios e observou que o ex-ministro das Finanças português, "com a sua determinação relaxada, levou o Eurogrupo a ultrapassar dificuldades e a alcançar acordos difíceis".

Paschal Donohoe, ministro de centro-direita de 45 anos, foi hoje eleito presidente do Eurogrupo após bater na segunda volta a favorita Nadia Calviño, ministra socialista espanhola, que tinha o apoio declarado dos dois 'pesos pesados' da zona euro, Alemanha e França.

Na 'corrida' estava também o luxemburguês Pierre Gramegna, que já havia perdido para Centeno na eleição anterior, e que hoje abdicou depois da primeira volta da eleição.

O ministro irlandês torna-se no quarto presidente da história do Eurogrupo, depois do luxemburguês Jean-Claude Juncker (2005-2013), do holandês Jeroen Dijsselbloem (2013-2018) e do português Mário Centeno (2018-2020), e dirigirá pela primeira vez os trabalhos do grupo na reunião agendada para 11 de setembro próximo.


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