Marine Le Pen, que lidera as sondagens para as eleições presidenciais francesas, divulgou imagens violentas do grupo terrorista Estado Islâmico (Daesh, no acrónimo árabe) em resposta à comparação, feita por uma jornalista, entre o discurso contra os imigrantes da Frente Nacional (FN) e os extremistas.

A líder do partido de extrema-direita foi acusada de divulgar propaganda extremista por ter divulgado imagens de execuções e o levantamento da imunidade parlamentar - em votação por mão no ar - tem efeito imediato.

Em Dezembro de 2015, Le Pen divulgou três fotos de execuções na sua conta da rede Twitter com a legenda "o Daesh é isto".

Hoje, em declarações a uma cadeia de televisão francesa, Marine Le Pen garantiu que a sua intenção era denunciar o Daesh e não fazer propaganda dos seus actos, acusando a justiça francesa de conduzir "um processo político".

A líder da FN foi convocada por um juiz de instrução em Abril último, mas recusou-se a acatar invocando a imunidade parlamentar, agora levantada.

Marine Le Pen é alvo de um outro processo, que envolve o alegado pagamento indevido de salários a assistentes parlamentares.