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Desconfinamento acelerou subida de preços na Zona Euro à boleia dos serviços
O crescimento dos preços na região da moeda única acelerou ligeiramente para 0,4% em julho, mês marcado pelo levantamento de medidas de restrição na maioria dos países.
A taxa de inflação na Zona Euro aumentou ligeiramente em julho, um mês marcado pelo levantamento gradual das restrições impostas no âmbito da pandemia de covid-19 na maioria dos membros da união monetária.
De acordo com os dados revelados esta quarta-feira, 19 de agosto, pelo Eurostat, a taxa de inflação subiu de 0,3% em junho para 0,4% em julho. Apesar da aceleração, a inflação segue ainda muito abaixo dos 1% registados no mesmo mês do ano passado.
A contribuir para este aumento ligeiro no crescimento dos preços estiveram sobretudo os serviços e os bens industriais não energéticos, seguidos pelos alimentos, álcool e tabaco.
Olhando para o conjunto dos 27 Estados-membros da União Europeia, a taxa de inflação passou de 0,8% em junho para 0,9% em julho, o que compara com 1,4% em julho de 2019.
As taxas de inflação mais elevadas foram registadas na Hungria (3,9%), Polónia (3,7%) e República Checa (3,6%) enquanto no lado oposto ficaram a Grécia (-2,1%), Chipre (-2%) e Estónia (-1,3%) com as variações mais negativas. Portugal também registou uma inflação negativa de -0,1%.
A pandemia da covid-19 reverteu a recuperação da inflação na região da moeda única que, em fevereiro, antes da chegada em força do vírus à Europa, se encontrava nos 1,2%. Três meses depois, em maio, a subida dos preços já havia diminuído para apenas 0,1%, passando depois para 0,3% em junho e 0,4% no mês seguinte.