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BBVA: Espanha poderá sair da recessão já em Setembro
O banco acredita que há factores que indicam que a economia espanhola sairá da recessão já este mês e o PIB espanhol apresentará valores trimestrais positivos nos “próximos seis meses”.
De acordo com um research do BBVA – “Situação e perspectivas para a economia mundial e de Espanha” –, o banco considera que Espanha está a seguir padrões de crescimento semelhantes aos de outras saídas de crises.
Na apresentação do relatório, Jorge Sicilia, economista-chefe do serviço de estudos do banco, citado pelo “Expansión”, afirmou que há “probabilidades muito elevadas” de que este crescimento positivo se produza já no terceiro trimestre do ano, que termina no final deste mês, ainda que seja “próximo de zero”.
O BBVA vê cada vez “mais clara” a recuperação da economia espanhola, mantendo as previsões de crescimento para o terceiro trimestre entre 0,0% e 0,1%, sustentadas pela evolução “sólida” das exportações e por um ajuste fiscal menor em 2013, devido à flexibilidade no défice concedida por Bruxelas e às reformas já implementadas.
O economista-chefe do BBVA indica que estes factores que explicam a melhor evolução do PIB estão a fazer com que “os investidores regressem a Espanha”.
O BBVA mantém as previsões de crescimento para o conjunto do ano e aponta para que 2013 termine com uma queda do PIB na ordem de 1,4%. Para 2014, o banco projecta um crescimento de 0,9%.
No entanto, esta recuperação paulatina está sujeita a riscos. De acordo com a entidade bancária, a retoma económica de Espanha dependerá de várias “incertezas”, como a “política orçamental da União Europeia, o processo de construção europeu e a taxa de desemprego muito elevada de Espanha”. A nota de research indica que a retoma ficará menos exposta a estes riscos caso se implementem “reformas estruturais maiores”.
O BBVA prevê que o desemprego atinja 26,2% da população activa este ano e diminua para 25,4% em 2014.
Outro dos riscos económicos apontados no relatório é o crescimento da dívida pública – que é já mais de 92% do PIB -, pelo que o banco indica que é necessário uma moderação das finanças públicas, de maneira a que o montante da dívida não “pese negativamente sobre os investidores” que têm de financiar Espanha.