Notícia
Zorrinho: Reindustrialização deve tornar UE "indispensável" nas cadeias de valor globais
"A nossa reindustrialização tem de ser feita no sentido de termos áreas industriais, de conhecimento, de informação, de tratamento de dados, que nos tornem indispensáveis nas cadeias de valor globais", afirmou o eurodeputado do PS, numa audição em comissão parlamentar de Assuntos Europeus.
16 de Março de 2021 às 22:27
O eurodeputado socialista Carlos Zorrinho (na foto) defendeu hoje que a reindustrialização deve ser feita no sentido de ter áreas industriais, de conhecimento, informação e tratamento de dados que tornem a União Europeia "indispensável" nas cadeias de valor globais.
"A nossa reindustrialização tem de ser feita no sentido de termos áreas industriais, de conhecimento, de informação, de tratamento de dados, que nos tornem indispensáveis nas cadeias de valor globais", afirmou o eurodeputado do PS, numa audição em comissão parlamentar de Assuntos Europeus.
Carlos Zorrinho respondia a uma intervenção da deputada do BE Fabíola Cardoso, que ressalvou que, no contexto da pandemia de covid-19, a reindustrialização europeia é "particularmente importante" no processo de vacinação.
A parlamentar bloquista referia-se, nomeadamente, à "suspensão de direitos de propriedade industrial", para que as patentes das vacinas fiquem disponíveis a nível global.
"A postura da União Europeia não tem sido aquela que o grupo parlamentar do BE gostaria de ver: uma postura de defesa dos direitos humanos e da necessidade de quebra das patentes para que estas vacinas que foram desenvolvidas com dinheiro público, com investimento público, com risco público de todos os cidadãos da Europa, correspondam, efetivamente, a uma propriedade pública e que seja não só possível aos cidadãos europeus, mas até encarada numa perspetiva universal", sustentou a deputada Fabíola Cardoso.
No entanto, Carlos Zorrinho disse que, apesar de considerar que "as vacinas devem estar disponíveis e devem ser um bem público global", não defende "necessariamente que isso seja feito com uma quebra unilateral e indireta das patentes".
"Porque isso criar-nos-ia dificuldades muito grandes no desenvolvimento de produtos, no desenvolvimento científico, no financiamento dos laboratórios que temos", justificou.
O eurodeputado do PS considerou, ainda assim, que devem ser feitos "cálculos" do investimento público - que "dá depois origem ao desenvolvimento privado das vacinas" -, bem como cálculos do "valor justo para pagamento e para a remuneração do valor acrescentado" e "contratos que permitam que as vacinas estejam disponíveis globalmente".
Ao mesmo tempo, apelou para que também África, por exemplo, tenha "a chave das cadeias de valor globais" e que contribua "com uma parte" das mesmas, "de maneira a que elas não possam funcionar sem o contributo de todos".
Sublinhando, por fim, que "a Europa tem sido líder também no apoio e na cooperação em termos da vacinação", Carlos Zorrinho reforçou que "é muito importante que ninguém, à escala global, possa ter o cofre da salvação e da vida das pessoas".
"A nossa reindustrialização tem de ser feita no sentido de termos áreas industriais, de conhecimento, de informação, de tratamento de dados, que nos tornem indispensáveis nas cadeias de valor globais", afirmou o eurodeputado do PS, numa audição em comissão parlamentar de Assuntos Europeus.
A parlamentar bloquista referia-se, nomeadamente, à "suspensão de direitos de propriedade industrial", para que as patentes das vacinas fiquem disponíveis a nível global.
"A postura da União Europeia não tem sido aquela que o grupo parlamentar do BE gostaria de ver: uma postura de defesa dos direitos humanos e da necessidade de quebra das patentes para que estas vacinas que foram desenvolvidas com dinheiro público, com investimento público, com risco público de todos os cidadãos da Europa, correspondam, efetivamente, a uma propriedade pública e que seja não só possível aos cidadãos europeus, mas até encarada numa perspetiva universal", sustentou a deputada Fabíola Cardoso.
No entanto, Carlos Zorrinho disse que, apesar de considerar que "as vacinas devem estar disponíveis e devem ser um bem público global", não defende "necessariamente que isso seja feito com uma quebra unilateral e indireta das patentes".
"Porque isso criar-nos-ia dificuldades muito grandes no desenvolvimento de produtos, no desenvolvimento científico, no financiamento dos laboratórios que temos", justificou.
O eurodeputado do PS considerou, ainda assim, que devem ser feitos "cálculos" do investimento público - que "dá depois origem ao desenvolvimento privado das vacinas" -, bem como cálculos do "valor justo para pagamento e para a remuneração do valor acrescentado" e "contratos que permitam que as vacinas estejam disponíveis globalmente".
Ao mesmo tempo, apelou para que também África, por exemplo, tenha "a chave das cadeias de valor globais" e que contribua "com uma parte" das mesmas, "de maneira a que elas não possam funcionar sem o contributo de todos".
Sublinhando, por fim, que "a Europa tem sido líder também no apoio e na cooperação em termos da vacinação", Carlos Zorrinho reforçou que "é muito importante que ninguém, à escala global, possa ter o cofre da salvação e da vida das pessoas".