Notícia
Von der Leyen volta a rejeitar críticas à estratégia de vacinação
Os atrasos nas entregas de vacinas na Europa devem-se "a problemas no processo de fabrico ou escassez de ingredientes importantes" na "fase de arranque" do fabrico, sustenta a chefe do executivo europeu num texto publicado hoje no jornal Público e coassinado pela comissária portuguesa, Elisa Ferreira.
06 de Fevereiro de 2021 às 14:58
A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, voltou hoje a rejeitar as críticas à estratégia de vacinação na União Europeia, em textos de opinião publicados em todos os Estados-membros ao longo do fim de semana.
Os atrasos nas entregas de vacinas na Europa devem-se "a problemas no processo de fabrico ou escassez de ingredientes importantes" na "fase de arranque" do fabrico, sustenta a chefe do executivo europeu num texto publicado hoje no jornal Público e coassinado pela comissária portuguesa, Elisa Ferreira.
Evocando as críticas sobre uma "falta de rapidez na tomada de decisões", Von der Leyen afirma que "honestamente" discorda de que "teria sido possível ser muito mais rápido", de que "um Estado-membro sozinho teria feito melhor" ou de que "um contrato celebrado mais cedo seria garantia de uma entrega mais célere e em quantidades adequadas".
"Convém não esquecer que a vacinação implica injetar uma substância ativa biológica numa pessoa saudável. Não são decisões que possam ser tomadas de forma ligeira. A segurança e a eficácia foram sempre primordiais", frisa, apontando que isso explica nomeadamente "o atraso em relação ao Reino Unido no arranque do processo de vacinação e a atual diferença no número de pessoas vacinadas".
Von der Leyen aponta que, desde o início da vacinação na União Europeia, a 27 de dezembro, as farmacêuticas "entregaram 20 milhões de doses", que "em fevereiro os países da UE receberão mais cerca de 33 milhões de doses e em março 55 milhões".
"Ainda não é suficiente, mas também não é insignificante", afirma, assegurando que a Comissão acompanhará o processo "de muito perto" e ressalvando que "uma produção desta magnitude nunca tinha acontecido".
Num outro texto, para a edição de domingo do jornal alemão Frankfurter Allgemeine Zeitung hoje divulgado, a presidente da Comissão reconhece que os atrasos nas entregas são um problema "penoso" face às grandes expectativas dos europeus.
E admite: "Se todos estivéssemos conscientes na altura dos riscos envolvidos no lançamento de uma tal produção em massa, teríamos moderado as expectativas de uma vacinação rápida".
As declarações de Von der Leyen ocorrem numa altura em que se multiplicam as críticas na Europa à lentidão do processo de vacinação e em que as populações se mostram crescentemente cansadas de quase um ano de restrições.
A presidente da Comissão Europeia tem repetidamente rejeitado as críticas, tendo recebido o apoio da chanceler alemã, Angela Merkel, cujos parceiros de coligação sociais-democratas não têm poupado as críticas ao processo, e do Presidente francês, Emmanuel Macron.
No texto hoje divulgado, Von der Leyen insiste que a decisão dos 27 em relação à encomenda conjunta de vacinas foi a "estratégia acertada". "Imaginem o que poderia ter acontecido se apenas um ou dois Estados-membros tivessem tido acesso às vacinas ? um cenário muito real sem o nosso poder de negociação coletiva".
A chefe do executivo europeu adverte por outro lado que o surgimento de variantes do vírus SARS-CoV-2 vai criar novas dificuldades à vacinação na UE. "As novas variantes são motivo de preocupação", mesmo havendo "a garantia por parte dos fabricantes" de "que as vacinas que foram aprovadas continuam a ser eficazes também contra elas".
"Mas [...] estamos a preparar-nos para um cenário em que isso possa deixar de acontecer", afirma, assegurando que Bruxelas está a trabalhar "em estreita colaboração com cientistas e indústria" para "desenvolver, autorizar e produzir rapidamente vacinas" contra futuras variantes.
Os atrasos nas entregas de vacinas na Europa devem-se "a problemas no processo de fabrico ou escassez de ingredientes importantes" na "fase de arranque" do fabrico, sustenta a chefe do executivo europeu num texto publicado hoje no jornal Público e coassinado pela comissária portuguesa, Elisa Ferreira.
"Convém não esquecer que a vacinação implica injetar uma substância ativa biológica numa pessoa saudável. Não são decisões que possam ser tomadas de forma ligeira. A segurança e a eficácia foram sempre primordiais", frisa, apontando que isso explica nomeadamente "o atraso em relação ao Reino Unido no arranque do processo de vacinação e a atual diferença no número de pessoas vacinadas".
Von der Leyen aponta que, desde o início da vacinação na União Europeia, a 27 de dezembro, as farmacêuticas "entregaram 20 milhões de doses", que "em fevereiro os países da UE receberão mais cerca de 33 milhões de doses e em março 55 milhões".
"Ainda não é suficiente, mas também não é insignificante", afirma, assegurando que a Comissão acompanhará o processo "de muito perto" e ressalvando que "uma produção desta magnitude nunca tinha acontecido".
Num outro texto, para a edição de domingo do jornal alemão Frankfurter Allgemeine Zeitung hoje divulgado, a presidente da Comissão reconhece que os atrasos nas entregas são um problema "penoso" face às grandes expectativas dos europeus.
E admite: "Se todos estivéssemos conscientes na altura dos riscos envolvidos no lançamento de uma tal produção em massa, teríamos moderado as expectativas de uma vacinação rápida".
As declarações de Von der Leyen ocorrem numa altura em que se multiplicam as críticas na Europa à lentidão do processo de vacinação e em que as populações se mostram crescentemente cansadas de quase um ano de restrições.
A presidente da Comissão Europeia tem repetidamente rejeitado as críticas, tendo recebido o apoio da chanceler alemã, Angela Merkel, cujos parceiros de coligação sociais-democratas não têm poupado as críticas ao processo, e do Presidente francês, Emmanuel Macron.
No texto hoje divulgado, Von der Leyen insiste que a decisão dos 27 em relação à encomenda conjunta de vacinas foi a "estratégia acertada". "Imaginem o que poderia ter acontecido se apenas um ou dois Estados-membros tivessem tido acesso às vacinas ? um cenário muito real sem o nosso poder de negociação coletiva".
A chefe do executivo europeu adverte por outro lado que o surgimento de variantes do vírus SARS-CoV-2 vai criar novas dificuldades à vacinação na UE. "As novas variantes são motivo de preocupação", mesmo havendo "a garantia por parte dos fabricantes" de "que as vacinas que foram aprovadas continuam a ser eficazes também contra elas".
"Mas [...] estamos a preparar-nos para um cenário em que isso possa deixar de acontecer", afirma, assegurando que Bruxelas está a trabalhar "em estreita colaboração com cientistas e indústria" para "desenvolver, autorizar e produzir rapidamente vacinas" contra futuras variantes.