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UE dá primeiro passo para incluir insetos nos menus
Os insetos estão mais perto dos pratos europeus.
A larva da farinha seca de besouros é segura para o consumo humano como larva inteira e como aditivo em pó, disse esta semana o órgão de vigilância alimentar da União Europeia sobre um pedido do criador de insetos francês EAP Group SAS - Micronutris, agora conhecido como Agronutris.
O parecer da Autoridade Europeia para a Segurança Alimentar (EFSA, na sigla em inglês) é um primeiro passo antes de as autoridades considerarem se aprovam a venda de salgados, barras de proteína, biscoitos e outros alimentos que contenham insetos como ingredientes.
A decisão dá um impulso ao negócio de criação de insetos, que a empresa de pesquisa Arcluster prevê que se multiplicará por dez, ultrapassando os 4,1 mil milhões de dólares a nível global até 2025. Os insetos emergem como fonte mais sustentável de proteína graças ao seu menor impacto ambiental e alto valor nutricional, atraindo financiamento recorde de capital de risco e atenção de gigantes como a Cargill e a Nestlé.
"É um marco claro e importante para todo o setor", disse Antoine Hubert, cofundador da francesa Ynsect SAS, que cria larvas de farinha e tem planos para se expandir para a nutrição desportiva. "Haverá um efeito bola de neve. Isso aumentará o potencial para investir em mais capacidade e atrair mais financiamento para apoiar o crescimento."
Esta é a primeira avaliação do risco de insetos como alimentos pela EFSA com sede em Parma, Itália, que tem outros 14 pedidos de autorização pendentes para insetos - desde grilos a gafanhotos. A agência também disse que as reações alérgicas às larvas da farinha são possíveis, pelo que serão necessários mais estudos.