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UE ainda não dá como perdido acordo comercial com o Canadá

O presidente do Conselho Europeu acredita que ainda é possível realizar, esta quinta-feira, a cimeira UE-Canadá para a assinatura do acordo comercial colocado em causa pela região belga da Valónia.

26 de Outubro de 2016 às 12:30
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Donald Tusk ainda não perdeu a esperança que, tal como inicialmente previsto, se possa realizar na próxima quinta-feira uma cimeira entre a União Europeia (UE) e o Canadá para a assinatura do acordo comercial transatlântico entre as duas regiões, conhecido como Acordo Integral de Economia e Comércio (CETA, na sigla inglesa).
 
Em declarações feitas esta quarta-feira, 26 de Outubro, e reproduzidas pela agência Reuters, o presidente do Conselho Europeu acredita que as conversações que hoje decorrem entre as autoridades da Bélgica possam desbloquear o impasse que levou o Canadá a abandonar a mesa de negociações.
 
"Ainda tenho esperança que a Bélgica irá provar que é uma campeã da construção de consensos e que será capaz de finalizar este acordo em breve", disse esta manhã Tusk durante uma sessão plenária realizada no Parlamento Europeu, referindo-se ao Canadá como "o país mais europeu externo à Europa". E apesar de reconhecer ser ainda prematuro antecipar conclusões, o dirigente polaco nota que "enquanto falamos a cimeira de amanhã ainda é possível".
 
Já o presidente da Comissão Europeia, Jean-Claude Juncker, apesar de também acreditar num final feliz assume que poderá ser demasiado optimista esperar que a cimeira UE-Canadá se realize mesmo esta quinta-feira. Contudo, "quando acontece é menos importante do que aconteça", disse Juncker aos eurodeputados.
 
Depois das objecções levantadas por esta região, que integra zonas as francófona e germanófona da Bélgica (Valónia), ao acordo de livre comércio, que bloqueou as negociações e levou ao afastamento do Canadá, esta segunda-feira o primeiro-ministro belga, Charles Michel, afirmou que o seu país não poderia aprovar o CETA devido ao veto daquela região.
 
O governo da Valónia pretende mais garantias, em especial de protecção aos agricultores da região. Esta terça-feira as negociações de seis horas entre o governo central belga e as autoridades da Valónia não permitiram desbloquear o processo. Esta quarta-feira as negociações vão continuar.
 
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