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Schäuble pede acordo "razoável" com a City de Londres

O responsável pelas finanças germânicas diz que não quer "punir" Londres e que a Europa Continental quer o Reino Unido "próximo", até porque a qualidade dos serviços financeiros que presta é difícil de encontrar do outro lado da Mancha, argumenta.

29 de Maio – Ministro alemão definiu 30 de Junho como data limite para a existência de um acordo

“Tendo em conta como as coisas estão, aquele programa irá expirar se não houver acordo”
04 de Fevereiro de 2017 às 13:05
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O ministro alemão das Finanças defende que o Reino Unido não deve ser punido pela decisão tomada de sair da União Europeia e que é desejável manter o centro financeiro de Londres próximo dos 27 que vão passar a constituir a UE, através de um acordo de Brexit "razoável".

"Não queremos punir os britânicos por essa decisão. (...) Queremos manter o Reino Unido próximo de nós," afirma Wolfgang Schäuble numa entrevista que este domingo é publicada no Der Tagesspiegel e de que está disponível uma pré-publicação citada pela Reuters.

Schäuble argumenta que a qualidade dos serviços financeiros que se pode encontrar na capital britânica, no coração da City londrina, não existe em mais lado nenhum na Europa continental. Por isso defende ser necessário "encontrar regras razoáveis" para o pós-separação.

O processo de desvinculação da União Europeia corre actualmente no Parlamento, depois da decisão tomada pelo Supremo Tribunal. Esta semana a Câmara dos Comuns realizou a primeira votação do diploma governamental e o Executivo apresentou o documento base que servirá de guia às negociações de saída com a UE.

Só depois de validada a estratégia pelo Parlamento a primeira-ministra britânica Theresa May poderá dar o pontapé de saída nas conversações de desvinculação, algo que o Governo quer que ocorra até ao fim de Março. May optou pela defesa de um Brexit "duro" que prevê a negociação de parcerias estratégicas com os países da UE.

Actualmente as instituições financeiras britânicas desenvolvem actividade no continente no âmbito de um denominado "passaporte" financeiro. Mas as autoridades comunitárias já se mostraram contra a manutenção de regras de facilitação de acesso dos bancos britânicos ao mercado financeiro se o Reino Unido abandonar os outros compromissos de adesão à UE, como os que garantem a liberdade de circulação de pessoas.
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