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Reino Unido apostado em acordo comercial robusto com a União Europeia no pós-Brexit

"Canadá mais, mais, mais," é como o ministro do Brexit, David Davis, defende o entendimento comercial alargado que Londres quer alcançar com Bruxelas. E acredita que é possível firmá-lo pouco depois da saída da União Europeia.

Reuters
Paulo Zacarias Gomes paulozgomes@negocios.pt 10 de Dezembro de 2017 às 20:45
O ministro britânico com a pasta das negociações para a saída do Reino Unido da União Europeia quer que os dois territórios se entendam sobre um acordo de livre comércio pouco depois de efectivado o Brexit, em Março de 2019. E que este entendimento reúna o melhor dos acordos estabelecidos entre a Europa, Japão, Canadá e Coreia do Sul, juntando-lhe ainda condições para os serviços financeiros.

Em entrevista este domingo, 10 de Dezembro, à BBC, David Davis considerou que "não é assim tão complicado" chegar a acordo nesta matéria pouco depois do Brexit, apesar de as autoridades do bloco dos 28 só se terem disponibilizado para iniciar negociações em matéria de comércio depois de efectivada a desvinculação, o que traria maior demora ao processo.

Perante o cenário que estará em cima da mesa de Bruxelas, que passa por um possível acordo com o Reino Unido nos mesmos moldes com o que foi alcançado no ano passado com o Canadá, Davis (à esquerda na foto) elege como ideal uma solução em que não se perdesse de todo o acesso ao mercado europeu continental. Ou seja, que fosse ainda mais favorável para Londres do que os acordos assinados entre a União Europeia e aquelas três regiões do mundo.

"Começaremos provavelmente com o melhor [do acordo com o] Canadá, com o melhor do Japão e o melhor da Coreia do Sul e acrescentaremos depois a isso o que falta, que são os serviços. (...) Canadá 'mais, mais, mais', será uma forma de o definir," afirmou, referindo-se aos benefícios acrescidos que pretende para Londres.

As declarações de David Davis chegam depois de na sexta-feira o Reino Unido e a União Europeia terem concluído com sucesso a primeira fase do processo de negociação (incluindo a factura da saída, os direitos dos cidadãos e a fronteira Irlanda/Irlanda do Norte), possibilitando assim a passagem das conversações para um segundo patamar.
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