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Ministro polaco prefere sanções da UE a aceitar refugiados
O actual Governo polaco decidiu, ao tomar posse em 2015, anular uma decisão do anterior de receber dez mil refugiados.
O ministro do Interior polaco, Mariusz Blaszczak, recusou nesta quarta-feira, 17 de Maio, as advertências da União Europeia (UE) afirmando que seria "certamente pior" para a Polónia acolher refugiados que ser sujeita a sanções europeias.
Na terça-feira, o comissário europeu das Migrações, Dimitris Avramopoulos, ameaçou a Polónia e a Hungria com "acções legais" se não aceitarem até Junho acolher refugiados.
Em declarações à rádio estatal polaca, Blaszczak afirmou que está em causa "a segurança da Polónia e dos polacos", estabelecendo uma relação entre os refugiados e ataques terroristas na Europa.
"Devemos recordar o que aconteceu na Europa ocidental nos últimos meses, os ataques terroristas, e o facto de que tudo começou a partir de comunidades muçulmanas relativamente pequenas que, com o tempo, ficaram muito numerosas". E acrescentou que aceitar as quotas de refugiados seria "certamente pior que sofrer sanções".
O actual governo polaco decidiu, ao tomar posse em 2015, anular uma decisão do governo anterior de receber dez mil refugiados.
"Peço à Polónia e à Hungria, que até agora não receberam uma única pessoa [refugiada], que comecem a fazê-lo quanto antes", disse na terça-feira o comissário Avramopoulos.