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Merkel seria mais-valia numa presidência da UE se não estivesse indisponível, diz Costa
O líder do Executivo português afirmou que "ninguém tem dúvidas que seria uma mais-valia para a União Europeia que uma personalidade política como Angela Merkel pudesse desempenhar as funções quer de presidente do Conselho quer da Comissão".
O primeiro-ministro declarou esta sexta-feira que Angela Merkel seria uma "mais-valia" para a presidência da Comissão ou do Conselho Europeu, mas frisou que a chanceler germânica se tem mostrado indisponível para ocupar um desses cargos.
António Costa falava aos jornalistas após a primeira reunião da VI Cimeira de Países do Sul da União Europeia, em La Valletta, Malta, que prossegue esta noite com um jantar de trabalho, onde também estarão presentes os chefes de Estado e de Governo da França (Emmanuel Macron), Espanha (Pedro Sánchez) Itália (Giuseppe Conte), Grécia (Alexis Tsipras), Malta (Joseph Muscat) e Chipre (Nicos Anastasiades).
Questionado sobre o apoio dado à chanceler alemã por parte do presidente francês e do primeiro-ministro italiano, o líder do Executivo português afirmou que "ninguém tem dúvidas que seria uma mais-valia para a União Europeia que uma personalidade política como Angela Merkel pudesse desempenhar as funções quer de presidente do Conselho quer da Comissão".
"Mas, há um dado prévio absolutamente fundamental, que é o da sua disponibilidade. Angela Merkel tem dito repetidamente, quer em público, quer em privado, que tem uma total indisponibilidade", declarou.
De acordo com António Costa, na questão das presidências do Conselho, Comissão, Parlamento Europeu e da escolha do Alta Representante para a Política Externa - tema em questão no Conselho Europeu dos próximos dias 20 e 21, em Bruxelas -, "é fundamental haver uma solução que integre as diferentes famílias políticas".
"Não é possível haver maiorias no Conselho e no Parlamento Europeu que não envolvam simultaneamente o Partido Popular Europeu (PPE), socialistas, liberais e, desejavelmente, ainda, os verdes. Portanto, a negociação tem de ser feita nessa base para que haja uma dupla maioria no Conselho e no Parlamento Europeu", frisou.