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Mario Draghi defende políticas fiscais expansionistas para União Europeia

"É um pouco complicado pensar que as regras vão ser as mesmas que há alguns anos", assinalou Mario Draghi, depois de ter sido questionado sobre o diálogo dos 27 Estados-membros da UE quanto à possível reforma do Pacto de Estabilidade e Crescimento (PEC), que estabelece que o défice não pode ultrapassar 3% do PIB e a dívida os 60%.

Reuters
30 de Setembro de 2021 às 00:06
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O primeiro-ministro italiano, Mario Draghi, defendeu hoje políticas fiscais expansionistas para promover o crescimento económico e reduzir a dívida, alertando que dificilmente a União Europeia (UE) recuperará as regras do Pacto de Estabilidade e Crescimento, suspensas devido à pandemia.

"É um pouco complicado pensar que as regras vão ser as mesmas que há alguns anos", assinalou Mario Draghi, depois de ter sido questionado sobre o diálogo dos 27 Estados-membros da UE quanto à possível reforma do Pacto de Estabilidade e Crescimento (PEC), que estabelece que o défice não pode ultrapassar 3% do PIB e a dívida os 60%.

De acordo com o chefe de governo de Itália, a UE vai ter de investir mais nos próximos anos para melhorar a sua defesa e isso vai ter de exigir o aumento das normas de gastos.

As regras do PEC estão em suspenso desde 2020 até 2022.

Mario Draghi falava numa conferência de imprensa após o Conselho de Ministros para apresentar a atualização do quadro macroeconómico de Itália para 2021 e para o próximo triénio.

"O quadro económico está melhor do que imaginávamos na primavera, há cinco meses", quando em abril o governo de Roma disse que o crescimento seria de 4,5%, o défice de 11,8% e a dívida de 159,8%.

O antigo presidente do Banco Central Europeu (BCE) explicou que a economia italiana vai crescer 6% este ano, depois de ter caído 8,9% em 2020, devido à crise pandémica, adiantando que o impulso vai permitir que o défice público caia para 9,4% do PIB, menos dois décimos do que no ano passado, e a dívida para 153,5%, após os 155,6% do último exercício.

A melhoria do quadro económico "é a primeira confirmação quantitativa de que o défice alto e a dívida pública emergem com crescimento expansivo", acrescentou Mario Draghi, ao reconhecer a necessidade de medidas expansionistas para impulsionar a economia de forma duradoura e sustentável e não num sentido de desperdício.


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