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Macron ainda acredita na sobrevivência do Governo

Em declarações em Riade, o presidente francês disse não acreditar que Marine Le Pen se alie à esquerda para derrubar o executivo de Barnier, o que seria de um "insuportável cinismo". Contudo, há quem diga que já está à procura de um novo primeiro-ministro.

Emmanuel Macron entende que se os Estados Unidos demorarem a implementar as mesmas regras – ou as facilitarem –, a Europa deve dar a si própria mais tempo para fazê-lo.
Teresa Suarez/EPA
03 de Dezembro de 2024 às 19:58
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Apesar de o Governo estar prestes a enfrentar duas moções de censura, o Presidente de França, Emmanuel Macron, pensa que o Executivo ainda poderá sobreviver às votações de quarta-feira, dia em que os blocos da extrema-direita e da esquerda radical devem unir-se para derrubar o Executivo.

Macron falava aos jornalistas em Riade, na Arábia Saudita, no último dia de uma visita oficial ao Golfo Pérsico, num momento de crise política em França, em que o Governo do primeiro-ministro Michel Barnier poderá cair depois de ter contornado o Parlamento para aprovar o orçamento da Segurança Social. "Não devemos assustar as pessoas com estas coisas. Temos uma economia forte."

O chefe de Estado francês referiu que o apoio da União Nacional, de Marine Le Pen, à moção de censura da Nova Frente Popular, que congrega várias forças de esquerda, "seria um voto de um insuportável cinismo". "Não acredito que votem a favor" da moção da aliança de esquerda.

Macron também resistiu aos apelos para que se demita na sequência da crise política, que têm surgido de vários quadrantes. O Presidente francês rejeita sair do cargo antes do final do mandato, em 2027, classificando esse cenário como "ficção política". "Não faz sentido (…) Francamente não é de bom senso dizer estas coisas", acrescentou, referindo que a sua prioridade é a estabilidade.

Contudo, outras fontes referem que o Presidente de França já está à procura de um novo primeiro-ministro. De acordo com o jornal francês Le Monde, os seus conselheiros mais próximos esperam que a nomeação rápida de um novo chefe do Governo acabe por apaziguar a crise política, desencadeada há alguns meses com a convocação de eleições antecipadas por Macron.      

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