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Governo britânico anuncia aumento do salário mínimo e mais apoios sociais

O ministro britânico das Finanças, Philip Hammond, vai anunciar o aumento do salário mínimo para 7,50 libras/hora, mais apoios sociais e mais investimento público quando apresentar as prioridades orçamentais do Governo, esta quarta-feira.

Philip Hammond, ministro dos Negócios Estrangeiros
Reuters
Negócios 23 de Novembro de 2016 às 08:58
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O ministro das Finanças do Reino Unido, Philip Hammond vai apresentar esta quarta-feira, 23 de Novembro, as prioridades orçamentais para o ano fiscal 2017-2018, com as principais medidas que o Governo espera implementar para enfrentar os efeitos do Brexit.

 

Segundo a Reuters, nesta apresentação – a chamada Declaração de Outono – na Câmara dos Comuns, o governante deverá anunciar um aumento do salário mínimo, que passará dos actuais 7,20 libras por hora para 7,50. Ainda assim, será um pequeno passo em direcção ao objectivo de 9 libras por hora em 2020.

 

Neste que será o primeiro anúncio detalhado sobre as políticas económicas do Governo de May, Hammond deverá frisar a necessidade de corrigir o défice orçamental e de injectar dinamismo na economia britânica, a quinta maior do mundo, de acordo com as informações avançadas pelo seu gabinete.

 

Quando assumiu o cargo, em Julho, poucas semanas depois de os eleitores terem votado a favor da saída da União Europeia, o conservador afirmou que o Reino Unido poderia necessitar de uma "reconfiguração orçamental", aumentando a perspectiva de uma grande mudança na política económica em direcção a mais gastos públicos ou descidas de impostos.

 

O Tesouro britânico já avançou também que os trabalhadores com salários mais baixos vão perder os créditos fiscais a um ritmo ligeiramente mais lento à medida que os seus ganhos aumentem, de forma a suavizar parte do impacto da subida acentuada da inflação, provocada pelo Brexit.

 

Também no sentido de apoiar as famílias mais desfavorecidas, o ministro das Finanças quer aumentar o número de casas disponíveis para os inquilinos e compradores de baixos rendimentos. De acordo com o Tesouro, o Governo vai destinar 1,4 mil milhões de libras de fundos para ajudar a construir 40 mil novas casas nos próximos cinco anos.

 

O Partido Trabalhista já considerou que as medidas são "escassas e tardias" para ajudar as famílias cujos rendimentos estagnaram durante uma década.

 

Juntamente com estas medidas, o Tesouro informou que Hammond enfatizará que a melhor maneira de impulsionar os padrões de vida é corrigindo as contas públicas e aumentando o baixo crescimento da produtividade no Reino Unido.

 

O seu antecessor, George Osborne, reduziu o défice orçamental de 10% do PIB, em 2010, para 4% no exercício encerrado em Março.

 

Ainda que tenha deixado de lado o objectivo de Osborne de transformar o défice em excedente até 2020, Hammond já garantiu que não vai relaxar no desafio de corrigir as finanças públicas.

 

"Esta economia precisa de investimento, mas também precisa que mantenhamos a credibilidade nos mercados", disse à ITV no domingo. "Estamos muito limitados na forma como podemos abordar isso, precisamos fazê-lo de forma adequada e cautelosa".

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