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França reforça fronteiras depois de detenção de Abdeslam

A França vai reforçar o controlo das fronteiras, depois da detenção do suspeito dos atentados de Novembro de Paris. Salah Abdeslam foi, entretanto, ouvido pelas autoridades, confessando ter estado em Paris e admitiu que se arrependeu de ser um dos bombistas suicidas. E recusa extradição para França.

Reuters
Negócios 19 de Março de 2016 às 21:54
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A França reforçou o controlo de fronteiras, considerando "extremamente elevado" o risco de ameaça após a detenção de um suspeito dos atentados de Paris, afirmou Bernard Cazeneuve, ministro do Interior francês, no canal de televisão TF1, citado pela Lusa.

Desde que o controlo fronteiriço foi reposto, na sequência dos atentados de 13 de Novembro em Paris, "perto de 5 mil polícias" foram destacados para as fronteiras, o que permitiu controlar cerca de seis milhões de pessoas e impedir a entrada de 10 mil em território francês, sublinhou.

Na sexta-feira o suspeito do envolvimento nos atentados de 13 de Novembro em Paris foi preso no bairro de Molenbeek na Bélgica, tendo sido ferido numa perna com um disparo. Este sábado, 19 de Março, foi ouvido por um juiz de instrução. Foi interrogado com o cúmplice Amine Choukri.

François Molins, o procurador de Paris, avançou o que Salah Abdeslam revelou: queria suicidar-se no atentado no estádio de França, mas arrependeu-se, deixando o cinto com explosivos em Montrouge.

Antes o advogado de Salah Abdeslam tinha declarado, segundo o Le Figaro, que o seu cliente iria colaborar com a justiça belga. Não negou a sua presença em Paris no dia 13 de Novembro.

Salah Abdeslam recusou a extradição para França, disse ainda o advogado. 

Depois dos interrogatórios, foi enviado para a prisão de Bruges.

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