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Europa pede urgência no início das negociações do Brexit

“Não sei o que significa um Brexit duro ou suave”, a União Europeia só está a tentar implementar uma decisão dos britânicos: sair da região, sublinha o responsável europeu pelas negociações.

Bloomberg
13 de Junho de 2017 às 09:07
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Michel Barnier, o responsável máximo na Europa nas negociações com o Reino Unido para a saída do país da União Europeia, sublinha que "qualquer outro adiamento [das negociações] é uma fonte de instabilidade, da qual a economia e o emprego não precisam". As declarações foram proferidas numa conversa com vários meios de comunicação europeus, entre os quais o Financial Times.

 

O responsável europeu considera que não se pode "desperdiçar" mais tempo, já que as negociações para o Brexit são elas próprias limitadas de tempo. Barnier manteve a meta inicial: fechar um acordo até "Outubro ou Novembro de 2018".

 

Numa altura em que a instabilidade ainda é grande no Reino Unido, após as eleições de 8 de Junho, Barnier apela para que Londres inicie as negociações "muito depressa" e que nomeie uma equipa para negociar que seja "estável, responsável e com mandato."

Theresa May convocou eleições antecipadas, com o argumento de que queria reforçar o seu mandato para negociar o Brexit, mas os resultados das eleições não deram à primeira-ministra uma maioria parlamentar, estando agora em negociações.

 

"Na próxima semana, fará três meses desde que a carta que accionou o Artigo 50.ª foi enviada", sendo que desde então "não negociámos, não fizemos progressos", salientou.

 

"A minha preocupação é que o tempo está a passar, e a passar mais depressa do que qualquer um acredita, porque as questões com que temos de lidar são extremamente complexas", sublinhou.

 

"Não posso negociar comigo próprio", realçou na entrevista.


Sobre os contornos do Brexit, Barnier diz: "não sei o que significa um Brexit durou ou suave. Eu ontem também li ‘Brexit aberto’! O Brexit é a saída da UE – é a decisão do Reino Unido. Estamos a implementá-la."

"Que fique claro: não há um espírito de vingança, de castigo, nem de ingenuidade. E há verdade. Verdade sobre o que o Brexit significa, o que sair da UE significa pelas suas consequências. Os cidadãos têm o direito a saber esta verdade." No Reino Unido, acrescentou, "muitas pessoas subestimaram estas consequências. Muitas pessoas", sublinhou.

 

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