Notícia
Comissão Europeia deverá propor fundo de 100 mil milhões para apoiar "campeões europeus"
A Comissão Europeia quer criar um fundo de 100 mil milhões de euros para apoiar os "campeões europeus" para que essas empresas possam competir com as gigantes norte-americanas e chinesas.
23 de Agosto de 2019 às 10:27
A próxima presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, que assume o posto a 1 de novembro, tem à sua espera uma proposta diferente do habitual vinda da ortodoxia de Bruxelas: um Fundo do Futuro Europeu com 100 mil milhões de euros para os "campeões europeus".
Os técnicos de Bruxelas prepararam uma proposta para um fundo de investimento de 100 mil milhões de euros para apoiar as empresas europeias que sejam capazes de competir com as gigantes norte-americanas, nomeadamente as tecnológicas Google ou Apple, e chinesas como a Alibaba.
A proposta com 173 páginas, obtida pelo Politico, tem como principal objetivo construir uma União Europeia mais defensiva que consiga aguentar as medidas protecionistas de Washington e Pequim.
"A emergência e a liderança de competidores privados fora da União Europeia, com meios financeiros sem precedentes, tem o potencial de destruir as dinâmicas de inovação existentes e a posição industrial da indústria da União Europeia em certos setores", lê-se no documento. Colocando mais dinheiro público nas empresas nascidas na UE, a Comissão pretende contrariar essa tendência.
Bruxelas identificou empresas como a Google, Apple, Facebook, Amazon, Microsoft, Baidu, Alibaba e Tencent como algumas das rivais que as empresas europeias têm de enfrentar. "A Europa não tem empresas como essas", assinala o documento.
Caso seja aprovado, o fundo irá usar dinheiro do orçamento europeu para, no total, ter pelo menos 100 mil milhões de euros de financiamento público e privado.
Ao contrário dos fundos que atualmente existem para a investigação e desenvolvimento (I&D) na Europa, este dinheiro iria ser investido diretamente em capital, um sinal de que Bruxelas planeia uma atitude mais branda perante os apoios públicos à indústria de forma a impulsionar o talento europeu. Neste momento, as regras europeias da concorrência limitam em certa medida as ajudas dadas pelos Estados-membros às suas empresas.
"O modo operacional do fundo terá uma perspetiva de longo prazo, focada no capital com um modelo comercial orientado para o lucro", escreve a Comissão, acrescentando que essa estratégia tornará possível alcançar o objetivo de ajudar os "campeões europeus" e, ao mesmo tempo, manter a estabilidade financeira do fundo.
O documento refere também que serão necessárias medidas europeias sem precedentes contra os EUA dado que a Casa Branca tem jogado à margem das regras da Organização Mundial do Comércio (OMC). Além disso, a União Europeia deverá colocar condições mais restritivas às empresas chinesas para penalizá-las pelo elevado nível de subsídios estatais que recebem de Pequim.
Em resposta ao Politico, um porta-voz da equipa de von der Leyen disse que "ninguém na equipa de transição ouviu esse misterioso Fundo do Futuro Europeu".
Os técnicos de Bruxelas prepararam uma proposta para um fundo de investimento de 100 mil milhões de euros para apoiar as empresas europeias que sejam capazes de competir com as gigantes norte-americanas, nomeadamente as tecnológicas Google ou Apple, e chinesas como a Alibaba.
"A emergência e a liderança de competidores privados fora da União Europeia, com meios financeiros sem precedentes, tem o potencial de destruir as dinâmicas de inovação existentes e a posição industrial da indústria da União Europeia em certos setores", lê-se no documento. Colocando mais dinheiro público nas empresas nascidas na UE, a Comissão pretende contrariar essa tendência.
Bruxelas identificou empresas como a Google, Apple, Facebook, Amazon, Microsoft, Baidu, Alibaba e Tencent como algumas das rivais que as empresas europeias têm de enfrentar. "A Europa não tem empresas como essas", assinala o documento.
Caso seja aprovado, o fundo irá usar dinheiro do orçamento europeu para, no total, ter pelo menos 100 mil milhões de euros de financiamento público e privado.
Ao contrário dos fundos que atualmente existem para a investigação e desenvolvimento (I&D) na Europa, este dinheiro iria ser investido diretamente em capital, um sinal de que Bruxelas planeia uma atitude mais branda perante os apoios públicos à indústria de forma a impulsionar o talento europeu. Neste momento, as regras europeias da concorrência limitam em certa medida as ajudas dadas pelos Estados-membros às suas empresas.
"O modo operacional do fundo terá uma perspetiva de longo prazo, focada no capital com um modelo comercial orientado para o lucro", escreve a Comissão, acrescentando que essa estratégia tornará possível alcançar o objetivo de ajudar os "campeões europeus" e, ao mesmo tempo, manter a estabilidade financeira do fundo.
O documento refere também que serão necessárias medidas europeias sem precedentes contra os EUA dado que a Casa Branca tem jogado à margem das regras da Organização Mundial do Comércio (OMC). Além disso, a União Europeia deverá colocar condições mais restritivas às empresas chinesas para penalizá-las pelo elevado nível de subsídios estatais que recebem de Pequim.
Em resposta ao Politico, um porta-voz da equipa de von der Leyen disse que "ninguém na equipa de transição ouviu esse misterioso Fundo do Futuro Europeu".