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Carney: Brexit tirou 900 libras aos rendimentos das famílias britânicas

O governador do Banco de Inglaterra diz que as famílias do Reino Unido perderam 900 libras com os efeitos negativos do Brexit, incluindo a inflação impulsionada pela descida da libra, o baixo investimento e a fraca produtividade.

EPA
22 de Maio de 2018 às 13:40
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Pela primeira vez, o governador do Banco de Inglaterra traduziu em números o impacto negativo do Brexit para os cidadãos do Reino Unido. Segundo Mark Carney, o preço é de 900 libras (cerca de 1.027 euros) nos rendimentos dos britânicos, mesmo antes de se ter efectivado o divórcio entre o país e a União Europeia.

 

Numa audição no comité do Tesouro esta terça-feira, 22 de Maio, Carney explicou que, comparando com as estimativas do banco central realizadas em Maio de 2016 – e que tinham como cenário a manutenção do Reino Unido no bloco regional – o desempenho da economia está 1% abaixo do que era expectável.

 

E "essa previsão baseou-se numa economia europeia e mundial relativamente fraca", sublinhou o governador do Banco de Inglaterra, citado pela Bloomberg.

 

Considerando o crescimento global acima do esperado, que se registou desde então, a economia do Reino Unido está 2% abaixo do estimado, segundo Carney. Uma diferença que se traduz em 900 libras nos rendimentos das famílias, "o que é muito dinheiro", destacou o governador.

 

Entre os efeitos do Brexit, Carney destacou a inflação impulsionada pela queda da libra, na sequência do referendo, crescimento lento dos salários, fraco desempenho das produtividade e baixo investimento.

 

Perante as declarações do governador do Banco de Inglaterra, o ministro das Finanças Philip Hammond disse ser muito cedo para fazer essa avaliação.

 

"Sobre a trajectória futura dos rendimentos das famílias, isso vai depender em parte da qualidade do acordo que negociarmos com a União Europeia e estamos focados em conseguir o melhor acordo para os empregos britânicos, para a prosperidade britânica e para as empresas britânicas", afirmou Hammond, citado pela Bloomberg.

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