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Brexit sem acordo pode custar ao Reino Unido quase meio milhão de empregos

Um relatório da Cambridge Econometrics mostra ainda que uma saída desordenada da UE poderá significar um corte de 50 mil milhões de libras (cerca de 56,5 mil milhões de euros) no investimento até 2030.

Reuters
11 de Janeiro de 2018 às 12:24
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O chamado "hard Brexit" – a saída desordenada do Reino Unido da União Europeia – pode custar ao país 482 mil empregos, conclui um relatório encomendado à Cambridge Econometrics pelo mayor de Londres Sadiq Khan.

A saída do Reino Unido sem um acordo, em 2019, poderá significar também um corte de 50 mil milhões de libras (cerca de 56,5 mil milhões de euros) no investimento até 2030, de acordo com o relatório, citado pela Bloomberg, que traça cinco cenários diferentes para o Brexit, analisando o impacto do "divórcio" da UE em nove sectores, desde as finanças à construção.

O relatório foi conhecido pouco depois de a empresa de recrutamento Morgan McKinley ter publicado uma pesquisa que mostra que as vagas de emprego no sector financeiro de Londres caíram 52% em Dezembro - a maior descida em três anos.

"Em Dezembro, a City está em alvoroço com as festas de final do ano, e as empresas não estão a contratar, por isso é de esperar uma quebra", afirma o director de operações, Hakan Enver, no relatório citado pela agência noticiosa. "Mas uma queda tão sísmica é alarmante".

No pior cenário traçado pelo estudo da Cambridge, a primeira-ministra Theresa May é incapaz de garantir um período de transição de dois anos, uma situação que, só em Londres, significaria uma redução de 87 mil postos de trabalho.

Ainda que todos os cenários sejam penalizadores para a economia britânica, quanto mais distantes estiverem os actuais dos futuros acordos com a UE, pior. "É crucial que o governo compreenda as consequências de cada um dos cenários", disse Khan à BBC Radio. "Quero que escolham o melhor, para os empregos, para o investimento e para a economia".

Esta quinta-feira, a primeira-ministra Theresa May estará reunida com altas figuras do sector financeiro, incluindo responsáveis do Goldman Sachs, HSBC e da London Stock Exchange Group para discutir o futuro da indústria no pós-Brexit.

No mês passado, David Davis, o ministro britânico que lidera as negociações do Brexit, admitiu que o governo ainda não realizou uma análise detalhada sobre o impacto dos vários cenários de saída da UE nos diferentes sectores da economia. 

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