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Berlim mostra abertura para adiamento do Brexit mas com condições

Posição foi assumida pelo ministro dos Negócios Estrangeiros alemão, Heiko Maas, segundo o qual é preciso que esta medida esteja "vinculada a uma perspetiva".

Reuters
29 de Setembro de 2019 às 11:57
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O ministro dos Negócios Estrangeiros alemão, Heiko Maas, mostrou-se hoje disponível para um eventual novo adiamento da saída do Reino Unido da União Europeia ('brexit'), ainda que sob determinadas condições.

Em declarações publicadas este domingo, 29 de setembro, no jornal alemão "Welt am Sonntag", o ministro afirmou: "Procuramos o objetivo claro de alcançar um acordo com o Reino Unido".

Heiko Maas ressalvou, no entanto, que esta medida deveria estar "vinculada a uma perspetiva" do que se deseja durante esse período extra e o que vai acontecer, porque não poder encerrar o capítulo 'brexit' também é problemático para a Alemanha e União Europeia (UE).

"A insegurança é um fardo crescente para a nossa economia e capacidade de ação da UE", alertou o ministro.

Na opinião do social-democrata Achim Post, segundo no grupo parlamentar, "uma nova extensão só é concebível com uma razão realmente convincente, como novas eleições ou um segundo referendo".

Uma nova extensão para continuar "a política de dar e receber em Londres" não deve ser permitida, acrescentou Post.

A posição da Alemanha, preocupada com as repercussões de um 'brexit' sem acordo sobre a sua economia, está longe da posição de Paris, onde o Presidente, Emmanuel Macron, tem sido cético quanto à possibilidade de uma nova extensão.

O atual prazo do Reino Unido para deixar a UE, que já é uma extensão, termina em 31 de outubro e o primeiro-ministro do país, Boris Johnson, está disposto a deixar o bloco mesmo sem acordo.

Boris Johnson é contra alguns termos do acordo de saída da UE assinado pela sua antecessora, Theresa May, e em particular rm relação à "salvaguarda irlandesa".

No entanto, o primeiro-ministro está numa posição difícil, depois de ter perdido a maioria na câmara baixa e de o parlamento ter aprovado uma lei que exige que peça nova extensão se não chegar a acordo até 19 de outubro.

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