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Alemanha lança mote para presidência da UE: "Juntos pela recuperação da Europa"

Berlim já tem uma página para a presidência semestral rotativa da UE que começa a 1 de julho. "Juntos pela recuperação da Europa" é o mote que surge na semana em que a Comissão Europeia deu um passo em frente a pensar no relançamento económico com a proposta de um fundo de recuperação de 750 mil milhões de euros.

29 de Maio de 2020 às 14:48
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"Juntos pela recuperação da Europa" é o mote para a presidência da União Europeia que a Alemanha vai assumir a partir do próximo dia 1 de junho, até ao final de 2020.

A mensagem em causa diz respeito à versão do site em inglês, porém a página na versão original em alemão tem um lema ainda mais arrojado, aparentemente sugestionado pela última anterior presidencial nos Estados Unidos: "Juntos. Tornar a Europa forte novamente".

Em declarações citadas pelo Politico, o porta-voz da chanceler Angela Merkel, Steffenn Seibert, defende que o lema adotado pretende mostrar que os objetivos centrais da presidência semestral da UE que Berlim assumirá em breve passa por "encontrar os compromissos e soluções para responder aos desafios levantados pela pandemia do coronavírus".

Tudo aponta que será determinante o papel a desempenhar pela Alemanha durante a sua presidência, pois muito dificilmente será possível alcançar o consenso necessário a 27 sobre a resposta europeia à crise da covid-19 no Conselho Europeu dos próximos dias 18 e 19 de junho. As expectativas mais otimistas atiram para julho, já durante a presidência germânica, a possibilidade de um acordo final sobre o pacote de apoios da UE.

Esta quarta-feira, a Comissão Europeia propôs um fundo de recuperação (Próxima Geração UE) de 750 mil milhões de euros, financiados pela emissão de dívida conjunta por parte de Bruxelas e sendo dois terços deste montante atribuídos sob a forma de subvenções a título perdido.

O papel de Berlim, assim como de Paris, foi determinante para preparar o caminho para a "ousada" proposta da Comissão, segundo uma expressão da presidente do órgão executivo da UE, Ursula von der Leyen.

É que uma semana antes, o eixo franco-alemão quis reassumir as rédeas do projeto de integração europeia ao propor um fundo de retoma de 500 mil milhões de euros em subvenções.

Berlim não esquece a China
Outra prioridade já assumida por Berlim para a respetiva presidência da União passa pelo posicionamento europeu em relação à China.

Esta sexta-feira, o ministro alemão dos Negócios Estrangeiros, Heikoo Maas, também citado pelo Politico, notou que o Governo germânico quer desenvolver uma "estratégia robusta da UE em relação à China".

Está prevista para 14 de setembro uma cimeira de alto nível entre a UE e a China, contando com a participação do presidente chinês, Xi Jinping.

"Considero que a melhor forma de influenciar a China passa por deixar claro que a UE está muito unida", declarou Maas.

Perante o crescendo de influência da China, as autoridades alemãs têm vindo a adotar medidas ao nível interno que pretendem também aplicar numa dimensão comunitária, designadamente protegendo a autonomia estratégica da UE impedindo que o capital chinês tome conta das empresas consideradas estratégicas.
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