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Zona de exclusão aérea na Ucrânia? Para já não, mantém a NATO

A aliança prefere manter-se fora do conflito, para não escalar a tensão, enviando antes meios para a Ucrânia se conseguir defender por si. "A nossa aliança é de defesa. Nós não procuramos o confronto", assegurou o secretário de estado norte-americano, Antony Blinken,

Reuters
04 de Março de 2022 às 13:06
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Após o ataque à central nuclear de Zaporizhia, o presidente ucrâniano voltou a apelar esta madrugado à NATO para considerar os céus da Ucrânia como "zona de exclusão aérea" ("no fly zone" em inglês).

"Sobrevivemos a uma noite que podia ter parado a história", indicou Volodymyr Zelenskiy numa mensagem vídeo publicada nas redes sociais. "As tropas russas sabiam o que estavam a atacar. É terror a um nível nunca visto." O presidente sublinhou que Moscovo está a disparar contra alvos civis, tendo já provocado 47 baixas na região de Chernihiv, a norte da capital do país, e pediu novamente à NATO para interditar os céus da Ucrânia.

Só que a aliança não parece inclinada a tomar essa medida. O ministro dos negócios estrangeiros da República Checa, Jan Lipavsky, reiterou a posição da NATO, à entrada de uma reunião da organização, esta manhã, em Bruxelas.

"Uma zona de exclusão aérea significaria que a NATO participaria no conflito, uma vez que teriam de ser a suas forças a assegurá-la", explicou o responsável, adiantando que a posição atual da aliança era a de fornecer meios à Ucrânia para o país se conseguir defender do exército russo.

Apesar da NATO ter forças prontas nas fronteiras do leste europeu, tem evitado enviá-las para a frente do combate, na Ucrânia, temendo um escalar do conflito para a escala mundial, numa altura em que um possível uso de armamento nuclear tem levantado receios nos líderes mundiais.

"A nossa aliança é de defesa. Nós não procuramos o confronto", assegurou o secretário de estado norte-americano, Antony Blinken, também antes do encontro. "Contudo, se o conflito vier até nós, estamos prontos. Vamos defender cada polegada de território da NATO."

Depois de Bruxelas, na Bélgica, Blinken passará por vários países que fazem fronteira tanto com a Ucrânia como com a Rússia, como a Polónia, Moldávia, Lituânia, Letónia e Estónia.
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