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UE apresenta este mês medidas para evitar contágio da subida de preços do gás à eletricidade

Intenção foi acordada na cimeira informal dos chefes de Estado e de governo dos 27 que decorreu em Versalhes. Aos países é também dada a possibilidade de taxarem os lucros extra das energéticas.

Reuters
11 de Março de 2022 às 15:13
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A Comissão Europeia compromete-se a apresentar até ao final deste mês um pacote de medidas para travar o aumento dos preços da eletricidade isolando-os da escalada verificada no gás, dando ainda aos Estados-membros a opção de tributar os lucros extraordinários das energéticas.

A decisão que já tinha sido avançada pela Comissão Europeia no início desta semana, inserida num pacote mais vasto para reduzir a dependência do gás russo e foi confirmada esta sexta-feira na cimeira informal dos chefes de Estado e de governo dos 27 que decorreu em Versalhes, França.

"Os consumidores e as empresas precisam de ajuda agora", escreveu na rede social Twitter. "Para além da regulação dos preços e dos auxílios de Estado, os Estados-membros têm a possibilidade de tributar os lucros extraordinários dos grupos energéticos", acrescentou.

A presidente da Comissão, Ursula von der Leyen, afirmou que a estratégia da União Europeia passa por reduzir gradualmente a dependência do gás russo até para por completo em 2027. "A proposta do plano RePowerEU é para eliminar a nossa dependência de combustíveis fósseis da Rússia até 2027", escreveu na rede social Twitter depois do encontro de alto nível.

Mais orçamento para a defesa

No encontro informal de Versalhes, os líderes europeus comprometeram-se em "aumentar substancialmente as despesas de defesa", com um reforço das capacidades e investimento em tecnologias inovadoras, uma necessidade enfatizada pela operação militar russa em curso na Ucrânia.

Os líderes decidiram também "fomentar sinergias entre a investigação e inovação nos setores civil, de defesa e espacial, e investir em tecnologias críticas e emergentes e em inovação para a segurança e defesa", bem como "tomar medidas para reforçar e desenvolver a indústria europeia de defesa, incluindo as pequenas e médias empresas".

Nas conclusões adotadas, os chefes de Estado e de Governo da UE apontam ainda a necessidade de o bloco se "preparar da melhor forma para desafios que estão a surgir rapidamente", começando por salientar a importância de melhor proteção contra guerras híbridas, através do reforço da ciber-resiliência, proteção das infraestruturas críticas e combate à desinformação.


Com Lusa
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