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Secretário-geral da NATO diz que paz não pode ser "ditada pela Rússia"

“Todos queremos que esta guerra termine, mas para que a paz seja duradoura, tem de ser justa", afirmou Jens Stoltenberg, numa entrevista do jornal alemão Welt am Sonntag.

18 de Junho de 2023 às 19:45
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O secretário-geral da NATO, Jens Stoltenberg, manifestou-se este domingo contra a abertura, neste momento, de negociações de paz entre a Ucrânia e a Rússia, uma vez que não pode ser uma paz "ditada pela Rússia".

"Todos queremos que esta guerra termine, mas para que a paz seja duradoura, tem de ser justa", afirmou Stoltenberg, numa entrevista publicada pelo jornal alemão Welt am Sonntag. O responsável acrescentou que "a paz não pode significar o congelamento do conflito e a aceitação de um acordo ditado pela Rússia, considerando que "só a Ucrânia pode definir os termos que são aceitáveis".

Nesse sentido, sublinhou que os sucessos militares ucranianos reforçam a posição negocial de Kiev.

"Quanto mais território a Ucrânia conseguir libertar, melhores cartas terá à mesa das negociações para alcançar uma paz justa e duradoura", precisou.

Quanto ao recente destacamento de armas nucleares táticas russas na Bielorrússia, Stoltenberg considera que constituem um reforço da candidatura da Ucrânia de adesão à NATO, embora tenha excluído uma "via rápida", como se especulou no início da semana.

"O futuro da Ucrânia está na NATO, mas a prioridade agora é a Ucrânia reafirmar-se como um Estado soberano e independente. Caso contrário, não há opção para discutir a adesão", disse, considerando que é necessário "garantir que, quando a guerra terminar, existe um acordo credível para a segurança da Ucrânia para que a Rússia não se possa rearmar e atacar novamente".

O secretário-geral da NATO defendeu que "o ciclo de agressão russa tem de ser quebrado".

Stoltenberg afirmou ainda que a cimeira da NATO em Vilnius, em julho, vai aprovar um novo pacote de assistência que prevê a aproximação da Ucrânia às normas da NATO no futuro e, em particular, a intensificação das relações políticas. "Isto irá aproximar a Ucrânia da NATO", sustentou.

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