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Rússia mantém ataque aéreo à Ucrânia. EUA vai reforçar ajuda militar

Esta segunda-feira foi o dia mais intenso da guerra desde o início da invasão russa à Ucrânia. Foram lançados mais de 80 mísseis e 24 drones explosivos. Pelos menos, 19 pessoas morreram e 105 ficaram feridas.

Putin exige que os pagamentos do gás russo passem a ser feitos em rublos. A moeda valorizou, mas o efeito final da estratégia do Kremlin é incerto.
Mikhail Klimentyev/Kremlim via Reuters
11 de Outubro de 2022 às 09:15
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Depois de, na segunda-feira, a Rússia ter escalado a ofensiva militar na Ucrânia, com bombardeamentos aéreos a pelo menos 11 cidades do país, incluindo à capital Kiev, Moscovo mantém esta terça-feira o ataque. Às primeiras horas do dia, vários mísseis caíram em Zaporijia, onde se situa a maior central nuclear da Europa e um dos territórios ilegalmente anexados pelo Kremlin. As sirenes de alerta ouviram-se por todo o território ucrâniano.

Segunda-feira foi o dia mais intenso desde o início da guerra na Ucrânia, tendo sido lançados mais de 80 mísseis e 24 drones explosivos. Os múltiplos ataques aéreos foram a resposta de Vladimir Putin às explosões reportadas no fim de semana na Ponte do Estreito de Kerch, que une a Crimeia à Rússia. A infraestrutura - símbolo do imperialismo de Moscovo e essencial para o abastecimento das tropas russas - ficou seriamente danificada.

Nos bombardeamentos - condenados pela comunidade internacional e até por países habitualmente mais favoráveis à Rússia, como a China e a Índia - morreram, pelo menos 19 pessoas e 105 ficaram feridas, em estradas, parques e locais turísticos. Cerca de 301 bairros nas regiões de Kiev, Lviv, Sumy, Ternopil e Khmelnytsky permaneciam sem eletricidade na manhã desta terça-feira.

Nas redes sociais, o presidente da Ucrânia avançou que a defesa aérea era agora "a prioridade número um". Zelensky adiantou ter conversado por telefone com o presidente dos Estados Unidos, dando-lhe conta das consequências do ataque russo. Joe Biden prometeu que irá continuar a fornecer à Ucrânia o equipamento necessário para se defender da Rússia, incluindo sistemas avançados de defesa aérea, divulgou a Casa Branca. Os dois líderes discutiram ainda a próxima reunião extraordinária do G7, agendada para esta terça-feira e que contará com Zelensky.

Moscovo já veio dizer que vai responder ao crescente envolvimento do Ocidente no conflito, embora um confronto direto com a NATO não seja do interesse do país, indicou esta manhã um responsável do governo de Putin.

O presidente russo vai esta terça-feira receber o presidente dos Emirados Árabes Unidos (EAU), Mohammed bin Zayed. "As conversas bilaterais abordarão os últimos desenvolvimentos relacionados com a crise na Ucrânia, onde o país procurará obter resultados positivos para a desescalada militar, reduzir as repercussões humanitárias e chegar a um acordo político para alcançar a paz e a segurança mundiais", refere, em comunicado, o Ministério dos Negócios Estrangeiros dos EAU.
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