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Rússia já é o maior fornecedor de petróleo da China
Em maio, 55% das importações de petróleo da China eram provenientes da Rússia, numa altura em que as refinarias do gigante asiático tiveram acesso a preços reduzidos por parte dos produtores de crude russos.
A China está a importar mais de metade do petróleo da Rússia, ultrapassando assim as importações da Arábia Saudita, anteriormente o maior fornecedor desta matéria-prima a Pequim.
Em maio, 55% das importações de petróleo da China eram provenientes da Rússia, numa altura em que as refinarias do gigante asiático tiveram acesso a preços reduzidos por parte dos produtores de crude russos, com descontos até 30%.
De acordo com dados da administração geral das alfândegas da China, foram importadas 8,42 milhões de toneladas, através do oleoduto Sibéria-Pacifico e por via marítima, com um valor equivalente a 2 milhões de barris por dia, de acordo com o jornal The Guardian.
Numa altura em que várias petrolíferas ocidentais recuaram na compra de petróleo à Rússia devido às sanções, a venda deste "ouro negro" tem ajudado o Kremlin a manter os cofres cheios. Em maio, a Rússia acumulou cerca de 20 mil milhões de exportações de petróleo.
As compras de crude russo por parte da China vêm depois de criticas por parte de Pequim às sanções do Ocidente à Rússia, dizendo que se trata de "terrorismo financeiro" e condenando também a ajuda militar dada por países como o Reino Unido e os Estados Unidos à Ucrânia.
Zelensky espera aumento de ataques russos
Numa semana determinante para a possível adesão da Ucrânia à União Europeia, em que os 27 estados-membros vão estar reunidos para decidir se o país poderá avançar ou não para o estatuto de candidato, Volodomyr Zelensky avisou que espera um aumento de ataques russos.
"Obviamente, esta semana esperamos que a Rússia intensifique as suas atividades hostis", adiantou o presidente num discurso domingo à noite. "Nós estamos a preparar-nos. Nós estamos preparados", anunciou.
Ainda este domingo foram aprovados dois projetos no parlamento ucraniano que pretendem cortar os laços culturais que unem a Ucrânia à Rússia e que vão colocar restrições à aquisição de livros e música.
Entre as leis aprovadas, uma delas vai banir a importação comercial de livros impressos na Rússia, Bielorrússia ou nas regiões separatistas na Ucrânia. A outra vai proibir música russa feita a partir de 1991 de ser tocada nos media e transportes públicos, aumentando ao mesmo tempo as quotas de conteúdo em ucraniano em televisões e estações de rádio.
Ainda este fim de semana, no sábado, a Lituânia iniciou o bloqueio de todo o transporte de carvão, metais, materiais de construção e tecnologia avançada para Kaliningrado, uma região russa situada entre a Lituânia e a Polónia.
O governo da Lituânia justificou a medida afirmando que apenas estava a cumprir sanções aplicadas pela União Europeia e que entraram em vigor a 17 de junho.
Moscovo já reagiu e afirma que se o bloqueio não for levantado "irá tomar ações para proteger o interesse nacional". O porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, disse mesmo que "esta decisão não tem precedentes" e que "é uma violação de tudo".