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Rússia contratou iemenitas à força para combaterem na Ucrânia

Recrutas chegaram à Rússia através de uma rede de tráfico com ligações ao grupo rebelde Houthi.

A invasão russa da Ucrânia relançou a necessidade de reforçar o investimento militar sobretudo na Europa.
Reuters
24 de Novembro de 2024 às 16:21
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A Rússia contratou centenas de iemenitas para combaterem na Ucrânia. Estes homens foram contratados através de uma rede tráfico de natureza obscura que revela as ligações entre Moscovo e o grupo rebelde Houthi, avança o Financial Times.

Os recrutas iemenitas que viajaram para a Rússia contaram ao jornal inglês que lhes foi prometido um emprego com um salário elevado e até a cidadania russa. Todavia, quando chegaram ao país, com a ajuda de uma empresa ligada aos Houthi, foram recrutados à força para o exército russo e enviados para as linhas da frente na Ucrânia.

O aparecimento de um grupo de mercenários iemenitas na Ucrânia, na sua maioria voluntários à força, mostra que a Rússia está cada vez mais a ir buscar soldados ao estrangeiro para combaterem na Ucrânia.

Neste lote contam-se mercenários do Nepal e da Índia e cerca de 12.000 soldados do exército regular norte-coreano que chegaram para participar em combates contra as forças ucranianas na província russa de Kursk.

O esforço de recrutamento no Iémen, acrescenta o FT,  também sublinha a forma como a Rússia, impulsionada pelo seu confronto com o Ocidente, está a aproximar-se do Irão e dos grupos militantes aliados no Médio Oriente.

Os Houthis, um grupo militante apoiado por Teerão, tem colocado em causa as cadeias de abastecimento mundiais através de ataques à navegação no Mar Vermelho, após o início da guerra em Gaza, no ano passado.

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