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"Os ucranianos não estão a ficar sem coragem, estão a ficar sem munições", avisa Stoltenberg

Secretário-geral da NATO afirmo esta quinta-feira que os aliados têm capacidade para ajudar mais Kiev, mas precisam de demonstrar vontade política para o fazer.

Jens Stoltenberg não vê a China como “adversário” mas considera a sua ascensão um problema.
Stephanie Lecocq/EPA
14 de Março de 2024 às 14:24
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A Ucrânia está a ficar sem munições na guerra contra a invasão russa e os membros da NATO não estão a fazer o suficiente para ajudar Kiev, afirmou esta quinta-feira o secretário-geral da aliança, Jens Stoltenberg.

"Os ucranianos não estão a ficar sem coragem, estão a ficar sem munições", avisou Stoltenberg, pedindo um esforço coletivo no apoio a Kiev.

Com palavras invulgarmente francas sobre o estado da guerra na Ucrânia, Jens Stoltenberg afirmou que os aliados da NATO têm capacidade para ajudar mais a Ucrânia, mas precisam de demonstrar vontade política para o fazer.


"O apoio sem precedentes dos aliados da NATO ajudou a Ucrânia a sobreviver como nação independente, mas a Ucrânia precisa de ainda mais apoio e precisa dele agora", frisou numa declaração aos jornalistas na sede da NATO em Bruxelas.

Mais de dois anos após a invasão russa em grande escala, as forças armadas ucranianas têm-se confrontado com uma redução significativa do fornecimento de armas por parte do Ocidente.

"Os aliados da NATO não estão a fornecer munições suficientes à Ucrânia e isso tem consequências no campo de batalha todos os dias", afirmou o responsável, lembrando que essa "é uma das razões pelas quais os russos têm conseguido fazer alguns progressos no campo de batalha nas últimas semanas e meses".

 

"É urgente que os aliados tomem as decisões necessárias para dar um passo e fornecer mais munições à Ucrânia. Essa é a minha mensagem para todas as capitais", destacou Stoltenberg.


"Temos a capacidade, as economias, para podermos fornecer à Ucrânia o que ela precisa. É uma questão de vontade política. Tomar as decisões e dar prioridade ao apoio à Ucrânia", insistiu também.


Stoltenberg acrescentou ainda que qualquer tentativa de organizar eleições russas nas regiões ocupadas da Ucrânia seria ilegal.

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