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Moscovo denuncia "russofobia raivosa" de "império de vários inimigos"

Dmitri Medvedev afirma, num artigo publicado este sábado, que a Rússia enfrenta de novo uma coligação de inimigos, que acusou de quererem limpar o país da face da terra.

Reuters
25 de Fevereiro de 2023 às 10:28
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O vice-presidente do Conselho de Segurança russo, Dmitri Medvedev, denunciou este sábado o que apelidou de "russofobia raivosa" de um "império de vários inimigos" que disse querer destruir a Rússia.


Num artigo com o título "O Ano da Defesa da Pátria", publicado pela revista russa Defesa Nacional, Medvedev defendeu que a Rússia enfrenta de novo uma coligação de inimigos, segundo a agência de notícias oficial russa TASS.


O ex-presidente russo recordou que um ano após a Rússia ter invadido a Ucrânia, no que Moscovo designa por "operação militar especial", o país celebrou os 80 anos da "vitória do povo soviético na Batalha de Estalinegrado" no início de fevereiro.

Disse tratar-se da "principal batalha do século XX, após a qual a derrota final dos exércitos nazis se tornou inevitável".


"A História repete-se a si mesma. Mais uma vez, somos confrontados por quase todo um império de vários inimigos: neofascistas ucranianos e europeus, os Estados Unidos, outros anglo-saxões e os seus vassalos (cerca de cinquenta países)", afirmou.


Segundo o relato da TASS, Medvedev disse que os adversários querem limpar a Rússia da face da terra, mas não serão bem-sucedidos. "Somos mais fortes, e agora isto também é óbvio", afirmou.

Medvedev disse aos russos que o "famoso mundo ocidental" representa cerca de 15% da população mundial.  "Rico, saciado, mas uma minoria", comentou.


Medvedev considerou ainda que a "operação militar especial" na Ucrânia mobilizou os russos na luta contra um inimigo comum.


"Finalmente, [o povo russo] livrou-se de ilusões sobre o ‘Ocidente’ democrático, cuja hipocrisia e russofobia raivosa ultrapassou todos os limites concebíveis", acrescentou.


A Batalha de Estalinegrado, atual Volgograd, durou 200 dias e terminou com a rendição das tropas do regime nazi alemão de Adolf Hitler às forças soviéticas, em 2 de fevereiro de 1943.

 

Com cerca de dois milhões de mortos de ambos os lados, é considerada uma das batalhas mais sangrentas da História.


As forças soviéticas envolvidas na batalha eram constituídas por soldados russos, ucranianos e bielorrussos.


A Rússia, que reivindica a herança da União das Repúblicas Socialistas Soviéticas (URSS), glorifica a batalha de Estalinegrado como o acontecimento que salvou a Europa do nazismo.


Oitenta anos depois, a Ucrânia é um país independente e enfrenta uma guerra iniciada com a invasão russa de 24 de fevereiro do ano passado, que isolou Moscovo da comunidade internacional.


A Bielorrússia, que também se tornou independente com o colapso da URSS em 1991, é a grande, e rara, aliada da Rússia na guerra contra a Ucrânia.


Ao assinalar a efeméride em 2 de fevereiro, o presidente russo, Vladimir Putin, comentou que, 80 anos depois, a Rússia estava de novo a ser ameaçada por tanques alemães. "É incrível, mas tanques Leopard alemães ameaçam-nos novamente", disse, na altura. Putin referia-se aos tanques que a Alemanha e outros países estão a enviar para a Ucrânia para combater as tropas russas.

 

As primeiras unidades destes tanques foram entregues pela Polónia na sexta-feira, dia do primeiro aniversário da guerra russa contra a Ucrânia.


A invasão russa desencadeou uma guerra de larga escala que mergulhou a Europa naquela que é considerada a crise de segurança mais grave desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).

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