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UE prepara-se para acertar compras conjuntas de gás ainda este ano

Bruxelas vai ajudar os países na compra conjunta de gás este ano, e espera-se que proponha regras esta semana, pedindo aos Estados-membros que garantam o armazenamento até 90% antes de cada inverno.

POOL
22 de Março de 2022 às 10:55
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Os líderes da União Europeia vão concordar, durante a cimeira, que decorre na quinta e na sexta-feira, em adquirir em conjunto gás, gás natural liquefeito e hidrogénio, ainda antes do próximo inverno, segundo um esboço da declaração do encontro de alto nível, citado pela agência Reuters.

A invasão da Ucrânia pela Rússia, o principal fornecedor de gás à Europa, fez o preço da energia disparar para máximos e colocou ao bloco a missão de cortar no gás vindo da Rússia este ano, o que implica um forte incremento das importações de outros fornecedores, como o Qatar ou os Estados Unidos.


A Comissão Europeia propôs, no ano passado, um sistema para que os países do bloco adquirissem em conjunto reservas estratégicas de gás que, alguns membros, como Espanha, pediram como forma de proteção contra eventuais disrupções no abastecimento. A guerra fez crescer os receios de choques na cadeia de fornecimento, já que a Rússia fornece 40% do gás da União Europeia.

Bruxelas afirmou que vai ajudar os países na compra conjunta de gás este ano, e espera-se que proponha regras esta semana, pedindo aos Estados-membros que garantam o armazenamento até 90% antes de cada inverno. O da UE corresponde atualmente a 26% da sua capacidade.

O esboço da declaração conjunta - avançado pela Reuters - diz ainda que os líderes da UE concordaram em coordenar medidas para aumentar as reservas armazenadas e começar a fazê-lo "o mais breve possível".

Os líderes vão também considerar novas medidas para aliviar os encargos da escalada dos preços da energia junto dos consumidores e discutir como "otimizar" o funcionamento dos mercados de energia. E, ainda segundo a agência de notícias canadiana, vão pedir à Comissão que tome "as iniciativas necessárias" para o efeito.

Os preços do gás estavam em trajetória ascendente ainda nos meses anteriores à guerra, levando governos a abrir os cordões à bolsa para ajudar os cidadãos a suportar os custos.

Encontrar uma resposta conjunta europeia tem-se revelado difícil, com os países a discordarem sobretudo na necessidade de uma acção concertada ao nível da UE. Portugal, a par com Espanha, Bélgica e Itália, figura entre os países que apelou à intervenção nos mercados da energia da Europa para limitar os preços ou desassociar o preço da eletricidade do crescente preço do gás.

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