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Irão pronto para alimentar Ocidente com 150 milhões barris de petróleo

O Irão acumulou 150 milhões de barris de petróleo que poderiam aliviar o desequilíbrio entre oferta e procura no mercado do ouro negro.

Riade diz não ter pressa em recuperar o milhão de barris/dia de corte adicional da sua quota de produção.
Karim Sahib/AFP

O Irão acumulou 150 milhões de barris de petróleo em navios ao largo de sua costa, para que possam ser vendidos a qualquer altura, antecipando o possível levantamento das sanções por parte dos EUA contra Teerão, uma decisão que poderia ser tomada pela Casa Branca, à medida que as sanções contra a Rússia se intensificam, segundo fontes contactadas pelo diário asiático, Nikkei.

 

Esta medida de Teerão surge depois de terem sido suspensas por um mês as negociações com Alemanha, China, EUA, França, Reino Unido e Rússia e que visam o reavivamento do Acordo Nuclear de 2015.

 

A invasão russa à Ucrânia intensificou o desequilíbrio entre oferta e procura no mercado do petróleo. Esta quarta-feira o ouro negro está a aliviar, estando no entanto a ser negociado acima dos 100 dólares por barril.  

A Agência Internacional de Energia (AIE) reviu significativamente em baixa as previsões da procura mundial de petróleo para este ano e, em princípio, não espera problemas graves de escassez, apesar da incerteza sobre o petróleo russo, foi anunciado esta quarta-feira.

 

"A Rússia está basicamente a ser desconectada da economia mundial", explicou o vice-presidente da S&P Global, Daniel Yergin ao Nikkei durante uma entrevista no início de março, logo após o início da guerra da Ucrânia. 

 

Para Daniel Yergin, caso as torneiras do petróleo russo sejam fechadas, a primeira alternativa reside nos países do Golfo. "É possível obter dois milhões de barris por dia dos países do Golfo". "Além disso, se for alcançado um acordo nuclear com o Irão tal trará um milhão de barris de petróleo por dia [para o mercado internacional]", acrescentou.

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