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Os principais desenvolvimentos de quinta-feira, ao minuto

Acompanhe aqui minuto a minuto a guerra na Ucrânia e o impacto nos mercados.

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Incêndio na maior central nuclear da Europa após ataque russo

Um incêndio deflagrou na central nuclear de Zaporizhzhya, a maior da Europa e que fornece um terço da energia à Ucrânia, após um bombardeamento russo, indicou o presidente da câmara local. No YouTube foram transmitidas imagens do incêndio num canal local.

Na sua conta do Twitter, o ministro dos Negócios Estrangeiros ucraniano, Dmytro Kuleba, exigiu que as forças russas cessem imediatamente os bombardeamentos e advertiu que se a central explodir será "10 vezes pior do que Chernobyl".

Ouro com ganho semanal de mais de 2%. Paládio valorizou 18%
Ouro com ganho semanal de mais de 2%. Paládio valorizou 18%

Os receios perante a subida das taxas de juro nos EUA pela mão da Reserva Federal norte-americana (Fed) e o incêndio na maior central nuclear da Europa, intensificando o medo dos investidores perante um escalar da guerra na Ucrânia levaram os metais preciosos a subir esta manhã.

O ouro está a somar 0,10% para 1.937,26 dólares a onça. Desde o início da semana o metal amarelo ganhou 2,7%, um movimento acompanhado pelo paládio – cujo 40% da produção mundial está a cargo da Rússia – que valorizou 18%. Prata e platina também seguiram esta tendência positiva.

Esta semana e perante o Congresso, o presidente da Fed, Jerome Powell, confirmou a necessidade de subir as taxas de juro em 0,25 pontos base.  A pesar no sentimento dos investidores está ainda o incêndio que o ocorreu esta sexta-feira na central nuclear de Zaporizhzhia na Ucrânia e que aprofundou o medo perante uma escalada do conflito na região e um desastre nuclear na Europa.

"Espero que o preço do ouro continue a fazer um caminho bastante positivo. Provavelmente, os investidores estão a obter lucro e a procurar o próximo passo para ganhar mais dinheiro no mercado do ouro", explicou Gavin Wendt, analista da MineLife Pty em entrevista à Bloomberg.

Futuros da Europa apontam para queda expressiva
Futuros da Europa apontam para queda expressiva

O medo perante uma ameaça nuclear está a refletir-se no sentimento do mercado, através da negociação dos futuros, com a Europa a apontar para uma queda expressiva.

Os futuros sobre o Euro Stoxx 50 desvalorizam 1,9%, um movimento acompanhado pela negociação de futuros em outras praças, como Frankfurt (-1,7%) e Londres (-0,68).

"As notícias sobre o bombardeiro russo naquela que foi classificada como a maior central nuclear na Europa criou um sentimento de medo nos investidores que se refletiu na negociação de futuros", explicou Chamath Silva, analista da australiana BetaShares, em entrevista à Bloomberg TV.

Na Ásia, as quedas no fim da sessão foram bastante expressivas, com o Nikkei a cair 2,25%, o Topix a afundar 1,96% enquanto em Hong Kong, o Hang Seng caiu 2,60% e Xangai deslizou 0,96%.

Incêndio foi apagado. Rússia controla a maior central nuclear na Europa
Incêndio foi apagado. Rússia controla a maior central nuclear na Europa
As forças russas ocuparam a maior central nuclear da Europa, de acordo com as autoridades da Ucrânia, citadas pela Bloomberg. Após o incêndio durante a noite que se seguiu a um ataque russo durante a noite.

A Europa acordou com o anúncio de Kiev de que "a maior central nuclear da Europa", sediada em Zaporizhzhia ardeu esta madrugada no seguimento de um ataque russo. Atualmente a região é um dos palcos de guerra da Rússia sobre a Ucrânia.

O incêndio começou a deflagrar instantes depois de um bombardeamento russo na unidade um da central nuclear, um espaço com cerca de dois mil metros quadrados. 

Depois do fumo do incêndio começar a pintar o céu de Zaporizhzhia de negro, o presidente ucraniano Volodymyr Zelensky gravou uma mensagem via vídeo, durante a qual sublinhou que "se houver uma explosão é o fim da Europa".

A Casa Branca apelou a que a Rússia interrompesse os bombardeamentos na região, depois de Joe Biden ter conversado por telefone com o homólogo ucraniano. Entretanto o incêndio já foi extinto, de acordo com uma publicação das autoridades locais no Facebook. A Agência Internacional de Energia Atómica também anunciou que os "níveis de radioatividade da central se mantém estáveis".

Bolsa de Valores de Moscovo fechada pelo quinto dia consecutivo
Bolsa de Valores de Moscovo fechada pelo quinto dia consecutivo
A Bolsa de Valores de Moscovo vai continuar fechada esta sexta-feira, pelo quinto dia consecutivo, devido ao impacto das sanções ocidentais contra bancos russos, dívida soberana e o Banco Central da Rússia.

O regulador financeiro russo disse num comunicado que a decisão de não retomar a negociação de títulos se deve ao receio de um colapso dos principais títulos como resultado das sanções impostas na sequência da invasão russa da Ucrânia.

A bolsa de valores de Moscovo está fechada desde segunda-feira, depois de a UE, os Estados Unidos, o Canadá e outros parceiros terem excluído alguns bancos russos do sistema de comunicação interbancária internacional SWIFT, um golpe sem precedentes para isolar o país do sistema financeiro global.

O rublo registou então uma queda abrupta. Antes de fechar, o mercado de ações caiu 45% e as principais ações perderem mais de 58%. O Banco da Rússia tinha esperança de que as medidas tomadas para estabilizar o mercado conseguissem tranquilizar os investidores russos.

Entre outras medidas, decidiu permitir aos bancos atingidos por sanções a utilização da reserva de capital acumulado para continuarem a funcionar e aumentou as taxas de juro para 20%, enquanto o Governo decidiu utilizar até um bilião de rublos (8,9 mil milhões de euros) ao Fundo Nacional de Bem-Estar - alimentado pelas receitas petrolíferas e uma espécie de 'almofada' para usar em tempos de crise - a ser utilizado na compra de ações de empresas russas.
Euro desvaloriza. Rublo em mínimos de 2003
Euro desvaloriza. Rublo em mínimos de 2003

O euro cai 0,5% para 1,1011 dólares durante a madrugada desta sexta-feira. A moeda única europeia teve um dos piores desempenhos no mercado de câmbio desde o início da guerra na Ucrânia, tendo mergulhado 3,7% em fevereiro, de acordo com os dados compilados pela Bloomberg.  

Estes resultados levam os analistas a temerem que o euro caia em ou abaixo da paridade com o dólar ainda este ano, um fenómeno cuja a probabilidade aumentou 9,6% desde o início do ano, segundo a informação da Bloomberg.

"A guerra na Ucrânia e a subida das taxas de juro por parte da Fed estão a prejudicar seriamente o euro. Se esta guerra se arrastar existe um risco de a moeda se aproximar da paridade com o dólar", alertou o estratega do Scotiabank, Qi Gao, em entrevista à Bloomberg TV.

Por sua vez, o índice do dólar da Bloomberg – que compara a "nota verde" com 16 divisas rivais – está a subir 0,29% para 98,07 pontos. Já o par dólar/ rublo continua a renovar mínimos de 2003, estando a perder 3,98% para 105,108 rublos.

Europa pintada de vermelho. Fundos de ações europeus com pior semana de sempre
Europa pintada de vermelho. Fundos de ações europeus com pior semana de sempre

A Europa abriu a sessão pintada de vermelho, depois de sentir a ameaça de um desastre nuclear com um incêndio, agora extinto, na maior central do bloco, sediada na região de Zaporizhzhia na Ucrânia.

O índice de referência europeu, Stoxx 600, arrancou a sessão a perder 0,8% para 433,53 pontos, sendo sobretudo pressionado pelos setores automóvel (-3,74%) e da banca (-3,04%). Dos vinte setores que compõe o "benchmark" europeu, apenas as "utilities" estão no verde a valorizar 0,64%.

O Stoxx 600 sofreu uma queda de 12% em fevereiro, penalizado sobretudo pela invasão da Ucrânia, acabando por desfazer as previsões das principais casas de investimento que apontavam para que as ações europeias acabassem o ano com um melhor desempenho que os títulos norte-americanos (devido à ausência da subida das taxas de juro).

Nas restantes praças europeias, Paris regista a queda mais expressiva (-2,40%), sucedida de Milão (-1,88%), Frankfurt (-1,66%) e Amesterdão (-1,61%). O espanhol IBEX cai 0,45%, enquanto o britânico FTSE desliza 0,92%. Por cá, o PSI-20 tem a queda mais ligeira da Europa (-0,24%), depois de ter aberto a sessão no verde, sobretudo motivado pelos ganhos da família EDP.

Para os analistas, a crise na Ucrânia está a levar os investidores a venderem cada vez mais ações, à medida que aumenta a escalada de conflito.

"Um acontecimento desta magnitude tem consequências financeiras. Os investidores temem um agravamento da inflação, devido à guerra, por isso já começaram a vender ativos europeus", alertou Peter Oppenheimer, estratega-chefe do Goldman Sachs em declarações à Bloomberg.

Os fundos de ações europeus registaram o maior número de saídas de todos os tempos na semana que terminou a dois de março, de acordo com os dados compilados pelo Bank of America e citados pela Bloomberg.

Petróleo a caminho do maior ganho semanal em quase dois anos

O petróleo caminha para o maior ganho semanal em quase dois anos, de acordo com os dados compilados pela Bloomberg, devido à escalada no conflito na Ucrânia.

Depois de ontem ter tocado abaixo do patamar dos 108 dólares por barril, os futuros sobre West Texas Intermediate (WTI) – referência para o mercado norte-americano – com entrega prevista em abril estão a valorizar 0,84% para 108,57 dólares por barril.

Já os futuros sobre Brent do Mar do Norte – referência para as importações europeias – com entrega prevista para maio estão a subir 0,35% para os 110,85 dólares por barril. Os futuros sobre o Brent subiram 14% esta semana. 

Depois de as cotações do "ouro negro" terem aliviado durante a noite, voltaram a subir com o bombardeamento da central nuclear de na Ucrânia, considerada a maior central nuclear na Europa.

"Devemos entender que permanece de pé a ameaça de uma crise energética global de maior escala, à medida que o conflito na Ucrânia sobe o tom", alertou Jeffrey Halley, analista da Oanda Asia Pacific, em entrevista à Bloomberg.

O facto de os barris russos não estarem a chegar à Europa está a provocar um sentimento de incerteza no mercado, com algumas casas de investimento, como o JPMorgan Chase a apontarem a cotação do Brent para 185 dólares por barril, até ao final deste ano.

Bunds alemãs regressam a terreno negativo
Bunds alemãs regressam a terreno negativo

Os juros sobre as dívidas soberanas com maturidade a dez anos estão aliviar na zona euro, com as obrigações alemãs a regressarem a terreno negativo.

A yield sobre as bunds alemãs a dez anos – referência para o mercado europeu – voltou, pela segunda vez esta semana, para território negativo, estando a aliviar 4,9 pontos base para -0,037%, sendo o alívio mais expressivo em toda a zona euro. 

Os juros sobre a dívida italiana com a mesma maturidade estão também a descer 3,1 pontos base, continuando, no entanto, acima de 1%, mais concretamente em 1,536%.

Na Península Ibérica, os juros sobre as obrigações espanholas e portuguesas a dez anos estão a cair abaixo de 1%, mais concretamente, no caso da dívida castelhana, a descer 4,1 pontos base para 0,915, enquanto nas obrigações portuguesas com a mesma maturidade, a yield está a aliviar 4,2 pontos base para 0,813%.

Ucrânia afunda fragata para evitar captura russa

A marinha ucraniana cumpriu as ordens do governo e afundou a fragata Hetman Sagaidachny, que estava em reparação, para evitar que esta fosse capturada pelos russos, informou esta sexta-feira em comunicado o ministro da Defesa, Alexei Reznikov.

As imagens ao navio afundado junto à cidade portuária de Mykolaiv já percorreram a internet e estão a ser publicadas nas redes sociais de vários cidadãos. Esta diligência da marinha ucraniana surge numa altura em que as tropas russas estão cada vez mais próximas dos principais alvos junto ao Mar Negro.


Ataque à central de Zaporizhia faz dois feridos. Reatores estão seguros, garante Agência de Energia Atómica

O diretor da Agência Internacional de Energia Atómica (IAEA na sigla inglesa), Rafael Mariano Grossi, avançou esta sexta-feira, durante uma conferência de imprensa, que o ataque russo à central nuclear de Zaporizhia, na Ucrânia provocou dois feridos, ao que tudo indica seguranças do edifício.

O diretor geral da IAEA assegurou ainda que os reatores da central não foram afetados. "É importante dizer que todos os sistemas de segurança dos seis reatores da central não foram de todo afetados. Não houve fuga de material radioativo", sublinhou Rafael Mariano Grossi, que adiantou ainda que "apenas edifício adjacente da central foi atingido".

Apesar de tudo, o responsável pela agência frisou como esta situação "demonstra a situação frágil que vivemos. Este ataque prova que esta situação [a guerra] não é sustentável".

"Estamos dispostos a ajudar. Vivemos uma normalidade anormal que precisa de ser resolvida", avisou Rafael Mariano Grossi. O incêndio na central foi, entretanto, extinto, de acordo com as autoridades locais. Os russos já tomam conta das instalações.

Trigo atinge máximos de 14 anos
Trigo atinge máximos de 14 anos
O trigo atingiu o valor mais alto desde 2008 devido aos crescentes receios de escassez global à medida que a guerra na Ucrânia afeta mais de 25% das exportações mundiais da matéria-prima que serve de base a alimentos como pão, farinhas ou massas.

Os preços caminham, nos mercados internacionais, para uma valorização de cerca de 40% na semana, o que significa o maior ganho semanal de sempre. A matéria-prima agrícola tem vindo a negociar em alta desde que a Rússia invadiu a Ucrânia, na quinta-feira passada, e os EUA e a Europa impuseram sanções ao regime de Vladimir Putin.

O conflito armado obrigou ao fecho de grandes portos na Ucrânia, bem como à interrupção de ligações logísticas e de transporte. Os combates também ameaçam o trabalho nos campos ao longo dos próximos meses.

O comércio com a Rússia secou principalmente porque os compradores acham difícil navegar a complexidade das sanções e recusam-se a subir custos de seguros. A Rússia e a Ucrânia são também grandes produtores de milho -- que já tocou máximos de 2012 --, cevada e óleo de girassol. O óleo de soja e o óleo de palma atingiram já recordes.
Parlamento russo condena "fake news" e considera envio para o exército de detidos em protestos anti-Rússia
O parlamento russo aprovou esta sexta-feira uma pena de prisão de até 15 anos para quem, intencionalmente, espalhar o que chamam de "fake news" acerca da intervenção militar a ocorrer na Ucrânia.

A medida surge após vários meios de comunicação independentes do país terem criticado a invasão de Moscovo, o que levou ao encerramento da estação de rádio Ekho Moskvy e do canal de televisão Dozdh. Após a aprovação da medida, que entrará amanhã em vigor, também o site Znask foi encerrado.

A Bloomberg avança que o parlamento russo quer agora debater as sanções a aplicar aos detidos em prostestos "anti- Rússia". A proposta em cima da mesa passa por enviá-los para as forças militares e destacá-los em Donetsk e Luhansk, as duas regiões separatistas do leste da Ucrânia que o presidente Vladimir Putin reconheceu no mês passado como independentes.
Stoxx 600 a negociar em mínimos de quase um ano
Stoxx 600 a negociar em mínimos de quase um ano
O índice pan-europeu está a cair 2,59% nesta altura, nos 426,04 pontos, muito próximo de um mínimo de quase um ano. 

Com todos os setores a negociar com perdas, a queda mais expressiva pertence ao setor da banca, que está a tombar 4,63%, seguido pelo setor automóvel, que desvaloriza 3,57%. 

A queda menos expressiva neste cenário dos setores pertence ao setor das 'utilities', que cede 0,45%.

As principais bolsas europeias estão a negociar em terreno negativo, com os investidores a digerir os desenvolvimentos ligados ao conflito entre a Rússia e a Ucrânia, e com os receios ligados ao ataque à central nuclear de Zaporizhia. A bolsa de Milão está a registar a queda mais expressiva, de 4,53%, mas há vários índices, como é o caso do alemão DAX, do francês CAC 40 ou da bolsa de Amesterdão, estão a registar tombos acima de 3%. 
Ataque a central nuclear eclipsa bons dados do emprego e derruba Wall Street
Ataque a central nuclear eclipsa bons dados do emprego e derruba Wall Street
A escalada do conflito na Ucrânia, com o ataque à maior central nuclear da Europa, assustou os investidores e anulou o efeito positivo dos dados melhores do que o esperado da criação de emprego nos EUA.

Nos primeiros instantes de negociação, Wall Street pintou-se de vermelho com o Dow Jones a cair 1,37%, para os 33.332,90 pontos, já o S&P 500 perdeu 1,25%, para os 4.309,08 pontos. 

O tecnológico Nasdaq Composite recua 1,32%, para os 13.360,62 pontos.

Os dados de emprego nos EUA divulgados antes da abertura dos mercados revelaram a criação de 678 mil empregos em fevereiro, o valor mais elevado desde julho, muito acima dos 475 mil estimados pelos analistas. A taxa de desemprego recuou para 3,8%.
NATO acusa Rússia de usar bombas de fragmentação
O secretário-geral da NATO afirma que há provas de que a Rússia está a usar bombas de fragmentação na  Ucrânia e admite que Putin possa avançar para outros países como a Geórgia ou a Bósnia-Herzegovina.

"Vimos o uso de bombas de fragmentação e temos relatos de outro tipo de bombas que podem violar a lei internacional", afirmou Jens Stoltenberg, em conferência de impresa, citado pelas agências e pela imprensa internacional.

No final de uma reunião extraordinária do Conselho do Atlântico Norte, onde os países estão representados pelos chefes de diplomacia, o responsável afirmou que a NATO não vai estabelecer uma zona de exclusão aérea sobre a Ucrânia para evitar bombardemantos russos, nem enviar as suas tropas, prometendo outro tipo de ajudas a Kiev e pedindo ao presidente Putin que acabe imediatamente com a invasão.

Avisou, contudo, que os próximos dias serão piores, admitindo que Rússia possa avançar para outros países.

"Com cidades sob cerco, escolas, hospitais, e edifícios residenciais bombardeados. Atitudes irresponsáveis à volta de uma planta nuclear na última noite e muitos civis feridos ou mortos... os próximos dias serão provavelmente piores, com mais mortes, mais sofrimento e mais destruição", disse.

"A ambição do Kremlin é recriar uma esfera de influência e negar a outros países o direito de escolherem o seu próprio caminho e, por isso, os ministros discutiram a necessidade de apoiar os parceiros que possam estar em risco, incluindo a Geórgia e a Bósnia-Herzegovina", afirmou Jens Stoltenberg.
Grupo feminista russo Pussy Riot ajuda a angariar 7 milhões para doar à Ucrânia com um NFT
Grupo feminista russo Pussy Riot ajuda a angariar 7 milhões para doar à Ucrânia com um NFT
O grupo feminista Pussy Riot, conhecidas críticas do regime de Vladimir Putin, integram o conjunto de entidades que, através de um NFT da bandeira da Ucrânia, conseguiram juntar 7,1 milhões de dólares para apoiar a Ucrânia.

Através de um NFT da bandeira da Ucrânia, o grupo feminista Pussy Riot ajudou a juntar o que à atual conversão são 6,51 milhões de euros, que serão utilizados para ajudar a Ucrânia neste contexto de guerra. O grupo juntou forças com o Trippy Labs e os membros do PleasrDAO para criar a UkraineDAO, que criou este NFT.

De acordo com a Variety, através deste NFT da bandeira da Ucrânia, no espaço de cinco dias 3.271 pessoas fizeram licitações neste leilão alojado na plataforma PartyBid.

Nadya Tolokonnikova, das Pussy Riot, indica em comunicado que o grupo "escolheu de propósito evitar adicionar a própria arte a este lançamento". "As pessoas podem ter diferente estéticas, mas não é sobre que cor é que preferem, é sobre a união para salvar vidas. A bandeira ucraniana une-nos."
Gás natural na Europa em máximos históricos de mais de 200 euros por MWh
O conflito na Ucrânia fez disparar o gás natural na Europa para o valor histórico de 213 euros o megawatt hora, nas transações desta sexta-feira no mercado holandês - a referência para o continente.

O recorde acontece numa altura em que a Agência Internacional de Energia apelou a Bruxelas para que a União Europeia não renove os contratos de fornecimento com a empresa russa Gazprom.

A Rússia é o maior fornecedor da Europa de gás natural, sendo responsável por 40% do consumo desta fonte energética no bloco europeu.
Euro cede 1,42% face ao dólar e negoceia em mínimos de maio de 2020
Euro cede 1,42% face ao dólar e negoceia em mínimos de maio de 2020
O euro está a desvalorizar 1,42% perante o dólar norte-americano esta sexta-feira, já a negociar em mínimos de maio de 2020.

Pela primeira vez desde essa data, o euro está a negociar nos 1,0909 dólares. 

Ao longo desta semana, o euro tem negociado todas as sessões em terreno negativo, sendo que esta sexta-feira regista a maior desvalorização.

Embora a libra esterlina esteja também a desvalorizar, a cair 0,93% para 1,3224 dólares, esta é a segunda sessão consecutiva da libra no vermelho. No caso da libra, trata-se de um mínimo de 20 de dezembro de 2021.

Por sua vez, o dólar norte-americano está a subir 0,96% face a um cabaz composto por divisas rivais, a rondar um máximo de maio de 2020.
Scholz e Putin falam ao telefone durante uma hora
Depois de uma conversa telefónica de uma hora entre o chanceler alemão, Olaf Scholz, e o presidente russo, Vladimir Putin, os dois líderes concordaram em voltar a falar novamente, "num futuro próximo".

A informação foi avançada pelo porta-voz de Schulz que adiantou também que Putin referiu que as negociações de paz com a Ucrânia vão avançar para uma terceira ronda neste fim de semana.

As autoridades ucranianas não confirmam a data, mas admitem que as conversações vão continuar em breve.
Estados Unidos e Rússia estabelecem linha de comunicação direta
Foi estabelecida - e está a funcionar - uma linha telefónica de comunicação de emergência entre os Estados Unidos e a Rússia, numa altura em que a tensão continua a escalar na Ucrânia.

O Pentágono, citado pela Bloomberg, adiantou que, quando os militares norte-americanos testaram a linha, obtiveram resposta do outro lado. 

Uma primeira oferta de ligação entre os dois países tinha sido rejeitada pela Defesa Russa. 
Juros da zona euro continuam a ceder
Os juros sobre as dívidas soberanas da zona euro, com maturidade a dez anos, continuam a aliviar.

O maior recuo é registado nos juros das bunds germânicas - de referência para o bloco da moeada única, - a ceder 10,6 pontos base, para uma taxa negativa de 0,094%. A invasão da Ucrânia ajudou a puxar a yield alemã para valores abaixo de zero novamente, fasquia que tinha sido ultrapassada no mês de janeiro.

França recua 7,2 pontos base para 0,417%, já Itália regista uma queda de 4,7 pontos base com uma taxa de juro de 1,521%.

Na Peninsula Ibérica, as yields espanholas caem 4,8 pontos base para 0,950%. Em Portugal a taxa de juro cede 4,5 pontos base para 0,810%.
Facebook banido na Rússia

A rede social Facebook foi banida na Rússia, avança a agência noticiosa estatal russa RIA Novosti.

A entidade reguladora do setor dos media, a Roskomnadzor, decidiu bloquear o acesso à rede social fundada por Mark Zuckerberg, referindo que registou 26 casos de discriminação contra meios de comunicação russos pelo Facebook desde outubro de 2020.

Entre os casos apontados estariam restrições de acesso a canais russos apoiados pelo Estado, como a RT e a própria RIA Novosti.

Rússia em risco de enfrentar crise semelhante à de 1998

Com a invasão da Ucrânia e as sanções que estão a ser aplicadas, a Rússia corre o risco de entrar em crise com efeitos semelhantes à de 1998, que se fez sentir após a queda da dívida russa.


De acordo com a Bloomberg, os economistas do JPMorgan prevêm uma contração de 7% no Produto Interno Bruto (PIB) para este ano. Previsão partilhada pelo Goldman Sachs.  


Já a Bloomberg Economics prevê uma queda de cerca de 9%.


Na crise de 1998 a economia da Rússia encolheu 5,3%.

G7 prepara "novas e severas sanções” à Rússia e condena alegados crimes de guerra

Os países do G7 garantiram hoje que vão continuar a impor a Moscovo "novas e severas sanções" e que vão responsabilizar os autores de alegados crimes de guerra na Ucrânia, apelando ainda ao estabelecimento "rápido" de corredores humanitários neste país.


"Continuaremos a impor novas e severas sanções em resposta à agressão russa", realçaram os ministros dos Negócios Estrangeiros dos sete países mais industrializados do mundo e o chefe da diplomacia da União Europeia, num comunicado conjunto.


O G7, presidido este ano pela Alemanha, aproveitou ainda para saudar o acordo entre Moscovo e Kiev para o estabelecimento de "corredores humanitários", considerando este um "primeiro passo importante" que deve ser "implementado de forma confiável e rápida".


Estes países - Alemanha e Estados Unidos, França, Reino Unido, Itália, Canadá e Japão - também asseguraram que vão "responsabilizar os autores de crimes de guerra, incluindo o uso indiscriminado de armas contra civis".


"Condenamos os ataques contra civis ucranianos e infraestruturas civis, incluindo escolas e hospitais. A Rússia deve respeitar plenamente as suas obrigações ao abrigo do direito internacional humanitário e os padrões de direitos humanos", sublinha ainda o comunicado.

UE vai alargar lista de sanções "nos próximos dias"

O ministro dos Negócios Estrangeiros, Augusto Santos Silva, revelou hoje que "certamente" serão acrescentadas em breve à lista de sanções da União Europeia novas personalidades russas, designadamente oligarcas.


Minutos antes, o chefe da diplomacia da União Europeia disse que estão a ser estudadas novas sanções financeiras contra a Rússia, que podem ser aplicadas "nos próximos dias" e alargar o bloqueio de mais bancos russos ao Swift.


À saída de uma nova reunião de ministros dos Negócios Estrangeiros da EU, em Bruxelas, Augusto Santos Silva adiantou que a UE tem em mente "novas medidas de isolamento da Rússia nas organizações internacionais, designadamente nas instituições financeiras multilaterais" e "o alargamento da lista de personalidades russas ligadas à oligarquia e ao regime a serem sancionadas".


Santos Silva disse ainda que os nomes de pessoas singulares ou colectivos com ligações a Putin e que vão ser acrescentados à lista de sanções já estão a ser discutidos.

Pedidos de proteção temporária a Portugal sobem para 1.417

O número de pedidos para proteção temporária a Portugal por parte de ucranianos subiu ao final do dia para 1.417, revelou o Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF).


O governo aprovou uma resolução em que concede proteção temporária a pessoas vindas da Ucrânia em consequência da situação de guerra.


De acordo com a resolução, aos requerentes de proteção temporária é atribuída, de forma automática, autorização de residência por um ano, que pode ser prorrogada duas vezes por um período de seis meses.


Os pedidos podem ser apresentados nos centros nacionais de Apoio à Integração de Migrantes e nas delegações regionais do SEF.

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