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Bruxelas admite limitar acesso da Rússia aos fundos do FMI

Há diferentes opções em cima da mesa, indica a agência Reuters que cita várias fontes europeias. A ideia é restringir os direitos de Moscovo junto da instituição que serve como credor de último recurso, incluindo o acesso aos direitos especiais de saque.

O Fundo Monetário admite que as regras orçamentais de nada serviram para evitar montanhas de dívida, mas defende que devem existir para credibilizar os Estados.
Yuri Gripas/Reuters
04 de Março de 2022 às 19:42
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A União Europeia admite limitar os direitos da Rússia no Fundo Monetário Internacional em mais uma ação de retaliação pela invasão da Ucrânia, incluindo o bloqueio aos direitos especiais de saque.

De acordo com a agência Reuters, que cita seis fontes oficiais, o cenário está a ser discutido entre os 27 Estados-membros, não havendo ainda qualquer decisão.

Uma das opções em cima da mesa é a exclusão, pura e simples, de Moscovo da instituição sediada em Nova Iorque, mas algumas fontes consideram que será muito difícil ou mesmo impossível, uma vez que é preciso quorum entre os países membros. Em todo o caso, este passo adicionaria mais pressão sobre a economia e sistema financeiro russos e seria um importante passo simbólico.

Outra opção em cima da mesa passa pela suspensão dos direitos de voto da Rússia e pelo bloqueio aos direitos especiais de saque (SDR, na sigla inglesa), a moeda especial do FMI que permite aos membros o acesso a fundos de emergência. No caso da Rússia, estão em causa 17,5 mil milhões de dólares em SDR que o país pode requerer. Mas para os utilizar, teria de encontrar um país disponível para trocar a moeda, o que é um cenário bastante improvável.

O SDR é um ativo de reserva internacional criado pelo FMI em 1969 para complementar as reservas oficiais dos países membros. Este ativo corresponde a um cabaz de moedas: dólar, euro, yuan, iene e libra.
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