Notícia
Ministro alemão diz que o país "não será chantageado pela Rússia"
Acompanhe aqui minuto a minuto o conflito na Ucrânia e o impacto nos mercados.
- Alemanha e Grécia preenchem lacuna russa e vão enviar gás para a Polónia e a Bulgária
- Europa aponta para o verde. Ásia fecha em terreno positivo
- Petróleo caminha para a mais longa sequência de ganhos mensais desde o início de 2018
- Ouro promete acabar abril no vermelho. Euro ganha terreno
- Juros aliviam na zona euro
- Europa no verde mas a caminhar para perda mensal de mais de 1%
- Inflação agrava juros na zona euro de forma expressiva
- Reino Unido vai enviar oito mil soldados para a Europa
- EasyJet cancela “lease” de seis aviões detidos por empresa russa
- Alemã Uniper diz que poderá pagar por gás natural russo em euros
- Wall Street abre no vermelho com resultados das “big tech” a desapontar
- Petróleo nos 110 dólares em Londres
- Ouro recupera patamar dos 1.900 dólares com ligeira queda do dólar
- Apetite pelo risco agrava juros
- Bolsas europeias no verde, à exceção do PSI. Recursos básicos e setor químico lideraram subidas
- Vala comum com 900 corpos de civis descoberta perto de Kiev
- EUA começaram a treinar militares ucranianos na Alemanha
- Ministro alemão diz que o país "não será chantageado pela Rússia"
- Trabalhadores do porto de Amesterdão recusam descarregar navio com petróleo russo
- Kiev acusa Rússia de roubar centenas de milhares de toneladas de cereais
Uma embarcação de um oligarca russo, Alexander Abramov, está a navegar a "todo o vapor" até ao canal Suez. A Bloomberg aponta como destino final a Turquia, que descreve como um lugar seguro para os multimilionários russos sancionados pelo Ocidente.
O Titan faz jus ao nome: a embarcação está avaliada em 100 milhões de dólares e pode acomodar 14 convidados e 19 tripulantes. Até então o megaiate esteve nas Maldivas e no Dubai.
Na Europa, a Alemanha e a Grécia preparam-se para preencher a lacuna deixada pela Rússia, que decidiu cortar o envio de gás russo para a Polónia e Bulgária, segundo avança o Financial Times (FT), citando dados da Hellenic Gas Transmission System Operator.
Um documento citado pelo diário britânico refere que as encomendas relativas ao gás que passa no gaseoduto de Sidirokastro, um ponto de passagem entre a Grécia e a Bulgária, aumentaram esta quinta-feira, com maiores fluxos para o segundo país.
Já do outro lado do Atlântico, os EUA avisam que vão "apoiar fortemente" se a Suécia e a Finlândia decidirem aderir à NATO, informou o Washington Post, tendo por base declarações do secretário de Estado, Anthony John Blinken, dirigidas ao comité de relações externas do Congresso.
"Esperamos que [Suécia e Finlândia] tomem esta decisão. Se assim o decidirem apoiaremos fortemente", sublinhou Blinken.
No início deste mês, a Rússia ameaçou instalar armamento nuclear no Mar Báltico se ambas as nações se juntarem aos aliados do Atlântico Norte.
Os futuros negociados sobre o Euro Stoxx 50 seguem a subir 1,3%, apontando para um arranque de sessão no verde.
Na Ásia a sessão terminou positiva. Em Hong Kong, o Hang Seng escalou 3,36%. Já Xangai subiu 2,36%, no entanto a Reuters refere que o índice deve cair 8,1% este mês, o pior resultado mensal desde janeiro de 2016.
No Japão as bolsas estiveram encerradas devido a um feriado nacional.
"Há quatro catalisadores que estão a impulsionar o mercado a curto prazo: os ganhos reportados pelas empresas norte-americanas [durante a "earnings season" referente ao primeiro trimestre], o aumento dos juros do Tesouro dos EUA, os discursos hawkish da Fed, a guerra da Ucrânia e a política chinesa", comentou Fook-Hien Yap, estratega da Standard Chartered Wealth Management, citado pela agência britânica.
O petróleo caminha para o quinto mês de ganhos, a mais longa sequência desde o início de 2018, numa altura em que a guerra na Ucrânia, através da pressão na oferta, e a propagação de novos casos de covid-19 na China, pelo alívio da procura, agravam a volatilidade presente neste mercado.
O West Texas Intermediate (WTI) – referência para o mercado norte-americano – segue a valorizar 0,48% para 105,87 dólares por barril. Desde o início de abril, o preço do barril negociado em Nova Iorque já subiu 6%, de acordo com os dados compilados pela Bloomberg.
Já o Brent do Mar do Norte – negociado no mercado londrino – soma 0,94% para 108,60 dólares por barril.
A guerra na Ucrânia está a caminho dos três meses, numa altura em que a União Europeia discute a possibilidade de colocar um embargo ao petróleo russo, no sexto pacote de sanções contra a Rússia.
Por outro lado, a China continua a combater a nova onda de covid-19 que assola o país, levando Pequim a confinar algumas regiões. A medida levou a uma acumulação de stocks nos "armazéns" daquele que é o maior importador de ouro negro do mundo.
O ouro promete terminar o mês de abril no vermelho, à medida que o dólar ganha força motivado pelo facto de o mercado apontar para que a reunião da Reserva Federal norte-americana (Fed) marcada para maio, aperte ainda mais a política monetária "falcão" em vigor nos EUA.
Esta sexta-feira, a cotação do ouro está a subir 0,92% -- atenuando ligeiramente estas perdas – para 1.911,96 dólares por onça, aproveitando o alívio do dólar. Desde o início de abril, o metal amarelo registou uma queda de quase 2%, segundo os dados compilados pela Bloomberg.
Nem os ETF (exchange traded funds) correlacionados com o ouro, que até então tinham registado fortes ganhos independentemente das perdas do "rei" dos metais, conseguiram escapar à queda e esta semana quebraram a sequência de 14 semanas consecutivas de ganhos, segundo a informação avançada pela agência norte-americana.
Por sua vez, o índice do dólar da Bloomberg – que compara o "green cash" com 10 divisas rivais – derrapa 0,40% para 103,20 pontos. Para além do ouro, quem também aproveita esta fraqueza é o euro que soma 0,42% para 1,0543 dólares, depois de esta semana ter renovado mínimos de 2017.
Os investidores aguardam com expectativa a reunião da Fed marcada para os dias 3 e 4 de maio. O presidente do banco central, Jerome Powell já apontou para a possibilidade de duas ou mais subidas de 0,5 pontos percentuais para conter a inflação.
Os juros das dívidas soberanas a dez anos estão a aliviar na zona euro.
A yield das bunds alemãs a dez anos – referência para o mercado europeu – está a cair 1,1 pontos base para 0,884%. Desde o dia 31 de janeiro que os juros da dívida alemã com esta maturidade estão em território positivo.
Por sua vez os juros da dívida italiana a dez anos aliviam 1,4 pontos base para 2,695%, enquanto a yield das obrigações francesas com a mesma maturidade desce 1,6 pontos base para 1,380%.
Na Península Ibérica, os juros da dívida portuguesa a dez anos estão acima da linha psicológica dos 1,9%, alcançada a 21 de abril, estando ainda assim a aliviar 1,3 pontos base para 1,923%.
Desde o dia 7 de fevereiro, que a yield da dívida nacional a dez anos está acima de 1%.
Em Espanha, os juros das obrigações com a mesma maturidade seguem também a tendência, estando a descer 1,7 pontos base para 1,880%.
A Europa arrancou a sessão verde, atenuando a queda registada durante este mês, à medida que Pequim promete aumentar os estímulos para impulsionar a economia chinesa e os investidores digerem os resultados robustos da "earnings season" europeia, referente ao primeiro trimestre.
O Stoxx 600, o índice de referência europeu por excelência, segue a somar 1,02% para 451,63 pontos. Dos 20 setores que compõe o índice, os setores da mineração e da tecnologia comandam os ganhos. O índice está a caminho de fechar abril com uma queda de 1,2%.
Entre os principais movimentos de mercado, destacam-se as ações da Novo Nordisk que dispara 5,62%, depois de ter revisto em alta a previsão de lucro para este ano.
Nas restantes praças europeias, o espanhol IBEX valoriza 0,57%, o alemão DAX e o francês CAC 40 soma cada um 1,20%, enquanto o FTSE sobe 0,49%. Amesterdão valoriza 1,68% e Milão ganha 1,05%.
O português PSI é o índice que regista o ganho mais tímido, estando a valorizar 0,31%, impulsionado sobretudo pela Mota-Engil que escala mais de 2% e pressionado pela Jerónimo Martins que cai mais de 1%.
As ações europeias viveram um abril turbulento, com os investidores a digerirem a possibilidade de políticas monetárias mais restritivas por parte dos bancos centrais, o galopar da inflação e a crise energética.
No meio deste cenário, a época de resultados referentes ao primeiro trimestre conseguiram provocar algum apetite pelo risco, já que algumas empresas conseguiram superar as estimativas de lucro, apesar dos vário condicionamentos geopolíticos e macroeconómicos.
"As ações europeias estão a registar nos últimos dias de abril uma negociação positiva, mas este foi [no geral] um mês muito complicado e o tom não é muito positivo", adeverte Francisco Simon, responsável pelo departamento de estratégia do Santander Asset Management, citado pela Bloomberg.
"As preocupações dos investidores [estão direcionadas para] os novos confinamentos na China e invasão russa à Ucrânia", acrescenta o especialista.
O maior gestor de ativos de Espanha está assim cauteloso no que toca à aposta de ações europeias, já que os ganhos do primeiro trimestre podem não ser continuados nos próximos meses, devido às possibilidade de um abrandamento inesperado da economia.
Os juros das dívidas soberanas a dez anos na zona euro inverteram a tendência do arranque da sessão e estão a ser negociadas no vermelho, com agravamentos expressivos.
A yield das obrigações alemãs a dez anos – benchmark para a região – está a agravar 3,4 pontos base para 0,929%. Desde o dia 31 de janeiro que os juros da dívida alemã com esta maturidade estão em território positivo.
Por sua vez os juros da dívida italiana a dez anos sobem 6,0 pontos base para 2,769% - o aumento mais expressivo da zona euro - enquanto a yield das obrigações francesas com a mesma maturidade agrava 4,6 pontos base para 1,442%.
Na Península Ibérica, os juros da dívida portuguesa a dez anos estão a aumentar 5,2 pontos base para 1,989%.
Desde o dia 7 de fevereiro, que a yield da dívida nacional a dez anos está acima de 1%, tendo superado no passado dia 21 de abril a linha psicológica de 1,9%.
Em Espanha, os juros das obrigações com a mesma maturidade seguem também a tendência, estando a agravar 4,6 pontos base para 1,944%.
Há momentos, o Eurostat revelou que a inflação na zona euro fixou-se em 7,5% em abril, contra os 7,4% registados em março, colocando ainda mais pressão sobre os ombros do Banco Central Europeu (BCE) para subir as taxas de juro na próxima reunião, em junho.
O movimento de agravamento dos juros das dívidas soberanas e o temor de que tal possa criar uma nova crise de dívida, já levou o BCE a ponderar um instrumento para conter a escalada das yields.
"A segurança da Europa nunca foi tão importante. Estes exercícios vão juntar os nossos soldados às dos aliados e parceiros da NATO e da Força Expedicionária Conjunta, num dos maiores destacamentos desde a Guerra Fria", anunciou o ministro da Defesa britânico Ben Wallace.
A operação, que deverá ocorrer entre abril e junho, é anunciada depois de Putin ter ameçado uma retaliação "rápida como um relâmpago" aos países que decidirem intervir apoiando a Ucrânia.
A EasyJet pôs fim aos contratos de "leasing" de seis aviões da Airbus, acordo que tinha sido estabelecido com uma empresa estatal russa, em mais um exemplo das consequências das sanções impostas à Rússia.
A Bloomberg avança que os contratos foram cancelados para os A319 detidos por empresa controlada pela GTLK, indica uma fonte próxima do assunto.
A EasyJet é uma das várias companhias de aviação fora da Rússia que tem contratos de "leasing" com empresas deste país. E, de acordo com os dados da empresa de analítica Cirium, estas seis aeronaves, com mais de 11 anos, estariam paradas desde março de 2020, quando a pandemia afetou fortemente o setor da aviação.
Companhias a SmartLynx Airlines, da Letónia, também já confirmaram que pararam de pagar o aluguer de quatro Airbus A321, por exemplo.
No entanto, a empresa não confirmou se já abriu uma conta na Rússia. Com esta confirmação, a empresa indica que pretende continuar a pagar em euros para não infringir nenhuma das sanções impostas pela União Europeia à Rússia.
A Uniper estará a considerar assim a conversão de euros para rublos, com o objetivo de continuar a cumprir com as sanções.
Os três principais índices norte-americanos abriram a última sessão da semana em xxx, numa sessão em que estão em destaque as reações das "big tech" Apple e Amazon às contas do primeiro trimestre. O industrial Dow Jones está a ceder 0,49% para 33.748,55 pontos, o tecnológico Nasdaq Composite derrapa 1,48% para 12.680,42 pontos, enquanto o S&P 500 tomba 0,67% para 4.258,65 pontos.
A Amazon recuava 10,53% neste arranque, para 2.587,345 dólares, após revelar que fechou o primeiro trimestre de 2022 com perdas de 3,8 mil milhões de dólares, valor que compara com lucros de 8,1 mil milhões nos primeiros três meses de 2021. É preciso recuar até 2015 para ver a gigante de comércio eletrónico com um saldo negativo no trimestre. Os resultados da empresa liderada por Andy Jassy ficaram, assim, longe das estimativas dos analistas.
Este desempenho no trimestre foi especialmente pressionado pelas perdas de 7,6 mil milhões de dólares devido à desvalorização das ações da fabricante de veículos elétricos Rivian, onde a Amazon detém uma participação de cerca de 18%.
Também a Apple, que divulgou contas após o fecho do mercado esta quinta, está a desvalorizar esta sexta-feira. As ações da dona do iPhone recuam 0,64, para 162,595 dólares. Embora tanto as receitas como os lucros tenham ficado acima das previsões, são sobretudo os alertas para os desafios do trimestre, como os constrangimentos ligados à oferta ainda devido à pandemia, a pesar no sentimento dos investidores. Numa altura em que a pandemia na China está a motivar confinamentos, um mercado relevante para a Apple, também este fator pesou. Além disso, mantêm-se também os constrangimentos nas cadeias de fornecimento.
Os preços do "ouro negro" estão a negociar em alta, a caminho da maior série de ganhos mensais desde inícios de 2018, já que este será o quinto mês consecutivo no verde.
Isto num período tumultuoso de negociação nos mercados devido à guerra da Rússia na Ucrânia e ao ressurgimento da covid-19 na China.
Em Londres, o Brent do Mar do Norte, que é a referência para as importações europeias, segue a somar 2,43% para 110,20 dólares por barril.
Já o West Texas Intermediate (WTI), "benchmark" para os Estados Unidos, ganha 2,09% para 107,56 dólares por barril.
A onça de ouro avançava 0,75%, para os 1.908,74 dólares. Ainda assim, o metal amarelo prepara-se para terminar o mês com uma queda acumulada de cerca de 1,5%, o que será o primeiro recuo mensal após dois meses com saldo positivo.
O dólar cede hoje algum terreno perante o euro, depois de ter tocado máximos de vários anos na véspera. A moeda única europeia subia 0,34%, para os 1,0535 dólares.
A nota verde também cai face às divisas britânica e nipónica. O dólar cota nos 129,8 ienes, uma queda de 0,80%, enquanto a libra esterlina valorizava 0,86%, cotando nos 1,2564 dólares.
As obrigações soberanas dos países do euro têm, nesta altura, menos atratividade aos olhos dos investidores, que estão voltados para os ativos de maior risco, como as ações. Assim, a dívida pública seguem em queda e, consequentemente, os juros estão em alta.
Os juros da dívida portuguesa a 10 anos seguem a somar 4,2 pontos base para 1,979%, ao passo que em Espanha, na mesma maturidade, avançam 3,2 pontos base para 1,939%.
As "yields" das Bunds alemãs a 10 anos, referência para a Europa, seguem a mesma tendência, a ganhar 0,8 pontos base para 0,903%.
A época de resultados deu fôlego às bolsas europeias, onde a grande maioria dos setores registou ganhos na sessão. Do lado das subidas destacaram-se os ganhos do setor dos recursos básicos (2,53%), seguido pelo setor químico (1,42%). Já do lado das quedas nota para a depreciação do setor imobiliário, que tombou 1,03%, seguido pelo recuo de 0,78% das utilities.
O índice espanhol IBEX registou a maior subida entre os índices europeus, a somar 0,85%, seguido pelo alemão DAX , que apreciou 0,84%. Menos expressiva foram os ganhos do índice francês CAC 40 (0,39%), seguido pelo inglês FTSE (0,47%) e por Amesterdão (0,72%). Nota ainda para a subida de 0,82% em Milão.
Uma vala comum com 900 corpos de civis foi descoberta na província de Kiev, disse o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, em entrevista aos media polacos.
"As instituições internacionais por vezes atuam de forma bastante lenta e, por vezes, as pessoas não são responsabilizadas por falta de provas, apesar da existência de testemunhas oculares, apesar de todos terem visto isso a acontecer", disse Zelensky aos jornalistas polacos, citado pelo Pravda.
"Mas as tropas russastambém escondem as provas [dos seus crimes]: basta ver o crematório móvel que os russos para aqui trouxeram e que estão a usar para incinerar pessoas, para queimar corpos. E apesar de tudo, os investigadores continuam a pesquisar e as suas pesquisas estão a dar resultados", afirmou.
E prosseguiu: "Foram mortos tantos civis que, apesar de os russos terem queimado alguns dos corpos no crematório móvel, encontrámos mais uma vala comum na região de Kiev com os corpos de 900 civis. 900 pessoas!"
"Ninguém sabe quantas pessoas foram assassinadas. Haverá consequências, haverá uma investigação, e haverá um recenseamento. Temos de descobrir todas as pessoas mortas pelas forças de ocupação rusdsas, mas nem sequer sabemos quantas são", declarou Zelensky, acrescentando que o governo ucraniano estima que perto de 500.000 ucranianos foram ilegalmente deportados para a Rússia.
A 16 de abril, Zelensky tinha já também referido uma outra vala comum com cerca de 900 corpos.
Os militares ucranianos estão a receber formação sobre o uso de veículos blindados e sistemas de radar que os norte-americanos anunciaram recentemente que estão a transportar para a Ucrânia, referiu o porta-voz do Pentágono, John Kirby.
A mesma fonte especificou que os soldados ucranianos estão a aprender a usar as armas Howitzer, que são fornecidas pelo governo dos EUA ao abrigo dos pacotes de assistência militar.
"Não. Não seremos chantageados", respondeu desta forma Christian Lindner, em entrevista ao jornal Mannheimer Morgen, quando questionado se a Alemanha deve pagar o gás em rublos em caso de emergência e, assim, responder à exigência de Vladimir Putin.
O navio ancorou na sexta-feira à noite ao largo da costa neerlandesa, com a intenção de entrar hoje no porto de Amesterdão, mas os funcionários do cais recusam-se a descarregá-lo, alegando a situação de guerra na Ucrânia e que a carga de petróleo vem da Rússia, país agressor.
Apesar das sanções impostas à Rússia devido ao conflito armado na Ucrânia, nem o governo neerlandês nem a União Europeia chegaram a acordo sobre o boicote petrolífero a Moscovo.
O ministro neerlandês dos Negócios Estrangeiros, Wopke Hoekstra, explicou na sexta-feira que fora negada a entrada do navio Sunny Ligre na Suécia devido à resistência dos trabalhadores do porto, que se recusarem a descarregar o navio "vinculado à Rússia" e não por determinação das autoridades suecas, acabando o navio por rumar aos Países Baixos.
O vice-ministro da Política Agrária, Taras Vysotsky, disse que as tropas russas confiscaram "várias centenas de milhares de toneladas" e acrescentou recear que roubem também o resto, em declarações à agência ucraniana de notícias, a RBC, citadas pela agência espanhola Efe.
Vysotsky disse que nos territórios controlados pelos russos estão armazenadas um milhão e meio de toneladas de cereais, e afirmou que era de esperar que as tropas roubem a maior parte.
Na semana passada, o portal de informação ucraniano LB tinha escrito que na região de Kherson, sob controlo russo, as forças de Moscovo só permitem aos agricultores trabalhar se derem 70% da produção da sua futura colheita.
A guerra na Ucrânia foi um duro golpe para as exportações de trigo e outros cereais, com a Organização das Nações Unidas para a Alimentação e Agricultura (FAO) a afirmar que o conflito é o principal motivo pelo qual os preços atingiram o valor mais alto desde 1990.
Antes da invasão da Rússia, 24 de fevereiro, a Ucrânia exportava mensalmente cinco milhões de toneladas de produtos agrícolas através dos portos de Odessa e Mikolaiv, que agora estão bloqueados.
A Ucrânia era o terceiro maior exportador mundial de cevada e estava em quarto e quinto lugar das maiores exportações de aveia e milho, respetivamente.