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Alemanha apreende super iate de 540 milhões de oligarca russo
As autoridades alemãs apreenderam um super iate de 540 milhões de euros cujo dono é um dos milionários russos alvo de sanções.
As autoridades alemãs apreenderam o super iate Dilbar propriedade do multimilionário russo Alisher Usmanov, noticia a revista Forbes.
A embarcação de luxo com 156 metros de comprimento tem um valor de, pelo menos, 600 milhões de dólares (540 milhões de euros). Algumas revistas da especialidade, contudo, estimam que o super iate tenha um preço de 800 a mil milhões de dólares (720 a 900 milhões de euros).
Usmanov, que detém participações na gigante do aço Metalloinvest, bem como na Xiaomi, foi acionista do Facebook e vendeu em 2018 a sua posição de 30% no clube inglês Arsenal por cerca de 700 milhões de dólares.
Segundo a Forbes, a embarcação foi apreendida nos estaleiros da Blohm+Voss em Hamburgo, onde se encontrava desde outubro.
O multimilionário russo comprou o Dilbar em 2016 por, segundo relatos, 540 milhões de euros. A embarcação foi construída pela alemã Lürssen, que personalizou o iate ao longo de 52 meses, de acordo com as indicações de Usmanov.
A embarcação é o maior iate a motor do mundo em termos de tonelagem bruta e tem uma tripulação de 96 elementos. O Dilbar conta ainda com a maior piscina alguma vez construída num iate, dois heliportos, uma sauna, ginásio e salão de beleza. O iate tem 12 suites.
Usmanov reagiu terça-feira às sanções de que foi alvo por Bruxelas num comunicado à Federação Internacional de Esgrima, no qual anunciou que abandonava o cargo de presidente da organização. "Considero a decisão [da Comissão Europeia] injusta e as razões invocadas para justificar as sanções são um conjunto de alegações falsas e difamatórias que atingem a minha honra, dignidade e reputação como homem de negócios", alegou. "Usarei todos os meios legais para proteger a minha honra e reputação", acrescentou Usmanov.
A apreensão do super iate de Usmanov ocorre numa altura em que vários multimilionários russos deslocaram os seus iates para as Maldivas e Montenegro, para evitar que estes sejam confiscados após as sanções impostas.