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Ucrânia está a negociar novo acordo com o FMI
O presidente ucraniano, Petro Poroshenko, afirma que o país não precisaria de financiamento externo "se não tivéssemos de pagar as dívidas antigas". Contudo, ainda se desconhecem os termos do novo acordo ou quando será implementado.
A Ucrânia está a negociar um novo acordo com o Fundo Monetário Internacional (FMI), que vai substituir o actual programa de assistência de 17,5 mil milhões de dólares, afirmou o presidente ucraniano, Petro Poroshenko, esta sexta-feira, 14 de Setembro.
O país não precisaria de financiamento externo "se não tivéssemos de pagar as dívidas antigas", afirmou Poroshenko, citado pela Reuters, num evento em Kiev.
Um novo acordo entre a Ucrânia e o FMI pode dar mais margem de manobra ao país, numa altura em que se debate com a implementação de algumas das condições impostas pelo acordo actual e com o pagamento das dívidas.
O FMI e os aliados ocidentais têm injectado milhares de milhões de dólares no país desde 2014 e depois de a anexação da Crimeia pela Rússia ter atirado a Ucrânia para uma crise. O primeiro pacote de ajuda de 17,5 mil milhões de dólares também acabou por ficar congelado desde Abril de 2017, devido a um abrandamento das reformas económicas definidas no acordo.
Iryna Lutsenko, representante do presidente, não avançou quais são os termos do novo acordo ou quando é que este poderá ser implementado. A responsável também não esclareceu se o governo concordou com o aumento dos preços do gás natural, outras da condições chave no acordo actual. Contudo, considera que as negociações para um novo acordo são um sinal positivo.
"Isto significa que o FMI aprecia as reformas, o ritmo, os resultados das reformas aplicadas no âmbito do programa e o fundo está preparado para nos oferecer outro programa", disse Iryna Lutsenko à margem do mesmo evento em Kiev.