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Rússia tenta culpar Ocidente pela rebelião do grupo Wagner
O Kremlin está a investigar um eventual envolvimento de serviços secretos ocidentais na rebelião protagonizada pelo grupo Wagner.
A Rússia está a preparar terreno para responsabilizar o Ocidente pela rebelião dos mercenários da Wagner, liderados por Yevgeny Prigozhin, que durante o fim de semana tomaram a cidade de Rostov-on-Don, no sul da Rússia, e avançaram até 200 quilómetros de Moscovo.
Vladimir Putin, numa comunicação ao país, ontem à noite, reforçou a possibilidade que horas antes tinha sido aventada de manhã pelo seu ministro dos Negócios Estrangeiros. "A tentativa de fazer confusão interna falhou". "O levantamento popular seria de qualquer forma esmagado", declarou o presidente russo. Putin acrescentou que a rebelião do grupo Wagner foi um passo perigoso" e que o país está sob ameaça do exterior. "Eles queriam um ato fratricida, os nazis de Kiev queriam isso e o Ocidente também", sublinhou
Esta teoria foi refutada pelo Presidente dos EUA. Joe Biden disse que realizou uma videochamada com aliados e estão todos em sintonia na necessidade de não dar a Putin, "nenhuma desculpa para culpar o Ocidente" ou a NATO sobre a rebelião.
Yevgeny Prigozhin deu esta segunda-feira a sua explicação para esta revolta. "O objetivo da marcha era evitar a destruição do grupo Wagner", argumentou o líder do grupo paramilitar numa mensagem áudio de 11 minutos, em que quebrou o silêncio que mantinha desde sábado. De acordo com Prigozhin, que alegadamente encontrou refúgio na Bielorrússia, o grupo Wagner "estava ameaçado de desmantelamento pelas autoridades" russas.
Notícia atualizada às 20:33 com declarações de Vladimir Putin