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Rússia e Bielorrúsia prolongam exercícios militares. Macron tenta negociar com Putin
Rússia e a Bielorrússia decidiram prolongar os exercícios militares conjuntos em curso, que deveriam terminar este domingo. Macron fala ao telefone com Putin numa última tentativa de evitar conflito.
A Rússia e a Bielorrússia decidiram prolongar os exercícios militares conjuntos em curso, que deveriam terminar este domingo, devido ao agravamento das tensões com a Ucrânia, anunciou hoje o ministro da Defesa bielorrusso.
"Tendo em conta o aumento da atividade militar perto das fronteiras (…) e o agravamento da situação no Donbass, os Presidentes da Bielorrússia e da Rússia decidiram continuar a inspeção das forças", anunciou Victor Jrenin na sua conta na rede social Telegram.
Este anúncio significa que as tropas russas vão continuar na Bielorrússia, em plena crise com o Ocidente, apesar de Moscovo ter prometido que as suas forças regressariam à base após estes exercícios.
O ministro acrescentou que durante esta "inspeção" das tropas, termo que designa as manobras militares, serão ensaiados "em profundidade" os "elementos da defesa" que não foram "abordados de forma tão detalhada no treino anterior".
O seu enfoque, disse o governante, continuará o mesmo: "Garantir uma resposta adequada e uma desescalada dos preparativos militares levados a cabo por pessoas mal-intencionadas perto das fronteiras".
Também este domingo, o presidente francês Emmanuel Macron falou ao telefone com o homólogo russo, Vladimir Putin.
A conversa entre Macron e Putin iniciou-se pelas 11h00 da manhã (hora francesa) e, segundo uma nota de imprensa do Eliseu citada pela AFP, as negociações por telefone s\ao vistas como umas última tentativas de impedir a invasão da Ucrânia pela Rússia. E, frisa o mesmo documento, "o último e necessáiro esforço para evitar um grande conflito na Ucrânia".
A agência noticiosa russa Ria Novosti divulgou uma imagem de Putin durante a conversa telefónica com Emmanuel Macron.