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Reino Unido vai crescer mais e contrair menos dívida, mas Brexit prejudica

No dia em que apresentou o Orçamento de Primavera no Parlamento, o ministro das Finanças do Reino Unido disse que a economia britânica vai crescer mais do que anteriormente previsto e que nos próximos cinco anos Londres irá contrair menos 23,5 mil milhões de euros de dívida pública.

Philip Hammond, ministro dos Negócios Estrangeiros
Reuters
08 de Março de 2017 às 14:09
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A poucos dias da data prevista para a invocação do Artigo 50º. do Tratado de Lisboa (que inicia o processo de saída do Reino Unido da União Europeia), previsto para o final deste mês, o ministro Philip Hammond esteve no Parlamento para apresentar o seu primeiro Orçamento de Primavera enquanto titular da pasta das Finanças.

 

Philip Hammond começou por notar que o Gabinete de Controlo Orçamental (OBR, na sigla inglesa, uma instituição pública independente responsável pela análise das contas públicas britânicas), prevê agora que a economia do Reino Unido cresça 2% em 2017, variação que compara com a previsão de 1,4% feita em Novembro pelo OBR.

 

Ainda assim, esta evolução fica aquém do crescimento económico de 2,2% previsto pelo OBR antes de no referendo do dia 23 de Junho do ano passado o eleitorado britânico ter dado a vitória ao Brexit. Para 2018 o crescimento perspectivado é de 1,6%, enquanto para 2019 é de 1,7%.

 

Também o défice orçamental deverá ser melhor do que previsto em Novembro, disse Hammond que perspectiva que este seja de 51,7 mil milhões de libras no período 2016-2017, abaixo dos anteriormente estimados 68,2 mil milhões de libras.

 

Por outro lado, também o recurso a endividamento público será menor disse Hammond citando a previsão do OBR que fixa em 23,5 mil milhões de libras o volume de dívida a contrair pelo Estado britânico ao longo dos próximos cinco anos, menos 26 mil milhões do que anteriormente perspectivado.

 

Em função do PIB, a dívida contraída pelo sector público deve recuar de 3,8% em 2016 para 2,6% este ano. No entanto estes valores ainda representam um endividamento superior em 100 mil milhões de libras àquilo que era previsto antes da vitória do Brexit.

 

Perante os deputados da câmara baixa do Parlamento britânico, Philip Hammond argumentou que a economia do Reino Unido está bem posicionada para enfrentar os desafios inerentes à incerteza provocada pelo processo de saída do bloco europeu.

 

O titular das Finanças britânicas apresentou este Orçamento numa conjuntura marcada pela acentuada desvalorização da libra, tendência verificada depois do referendo, bem como de subida da inflação.

 

Nota ainda para o anúncio de um pacote de alívio fiscal às empresas no valor de 435 milhões de libras. Hammond anunciou que a partir de Abril deste ano a carga fiscal sobre as empresas vai cair para 19%, a mais baixa do G-20, sendo que em 2020 recuará para 17%.

 

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