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Pela primeira vez em quase dois anos BoE deixa taxas de juro inalteradas

O Banco de Inglaterra optou por manter as taxas de juro inalteradas na reunião de política monetária de setembro. Esta é a primeira pausa, depois de 14 aumentos consecutivos.

Banco de Inglaterra terá em atenção o facto de a inflação estar a ceder. Mas ainda não é hora de mudar agulhas e aumento de juros é para continuar.
Andy Rain/Epa
21 de Setembro de 2023 às 12:36
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O Banco de Inglaterra manteve as taxas de juro de referência inalteradas em 5,25% na reunião de política monetária de setembro. Dos nove membros do Comité de Política Monetária (MPC, na sigla em inglês), cinco escolheram manter e quatro escolheram subir em 25 pontos base até aos 5,5%.

O banco termina assim um ciclo de subidas das taxas de juro depois de 14 aumentos consecutivos, desde o final de 2021.

"O Comité também votou unanimemente no sentido de reduzir o volume de compras de dívida do Estado britânico para efeitos de política monetária, e financiadas pela emissão de reservas do banco central, em 100 mil milhões de libras ao longo dos próximos doze meses, para um total de 658 mil milhões de libras", foi ainda decidido pelo Comité, como se pode ler no comunicado.

O BoE sinalizou que esta era apenas uma pausa e que os juros ainda não atingiram o pico, sublinhando que responderia caso a inflação não desça tanto quanto esperado. As previsões indicam agora que a meta de 2% na subida dos preços seja atingida na segunda metade de 2025.

"A inflação tem vindo a cair nos últimos meses e acreditamos que tal vai continuar a acontecer", disse o governador Andrew Bailey numa declaração por escrito.

"Estas são boas notícias. Mas não há espaço para complacência. Precisamos de ter a certeza que a inflação volta ao normal e vamos continuar a tomar as decisões necessárias tendo em vista esse objetivo", completou.

O Banco de Inglaterra acabou por repetir várias das expressões que tem usado nas últimas decisões, afirmando que as taxas de juro vão ser "suficientemente restritivas pelo tempo que for necessário" e que "um maior aperto da política monetária seria necessário caso haja sinais de novas pressões [inflacionárias] persistentes".
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