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ONU: Desde Abril já morreram 1.129 pessoas na Ucrânia

Navanethem Pillay, Alta Comissária para os Direitos Humanos, admitiu esta segunda-feira que o disparo de um míssil sobre o avião da Malaysia Airlines pode ser considerado um crime de guerra.

Gleb Garanich/Reuters
28 de Julho de 2014 às 10:34
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Num relatório tornado público esta manhã, 28 de Julho, os observadores das Nações Unidas na Ucrânia concluem que, desde Abril, já morreram pelo menos 1.129 pessoas e outras 3.442 ficaram feridas, noticia a agência "Reuters".

 

No mesmo documento é referido que os combates são cada vez mais intensos nas regiões de Donetsk e Luhansk e que os rebeldes têm escolhido deliberadamente infra-estruturas e serviços públicos, roubado bancos, atacado minas de carvão e explodido redes ferroviárias.

 

Por outro lado, deixam também críticas ao Governo ucraniano, que acusam de não estar a fazer o suficiente para evitar a morte de civis.

 

Rússia não vai responder a sanções com "histeria"

 

Já esta manhã, Moscovo reagiu à nova vaga de sanções da União Europeia, dizendo que não irá responder com "histeria" ou numa lógica de olho por olho. "Posso garantir-vos que vamos ultrapassar todas as dificuldades que podem surgir em algumas áreas da economia e talvez tornarmo-nos mais independentes e mais confiantes nas nossas forças", afirmou esta manhã em conferência de imprensa Sergei Lavrov, ministro dos Negócios Estrangeiros russo, citado pela Reuters. "Não o podemos ignorar. Mas cair em histerias e responder a um golpe com outro golpe não é digno de um grande País."

 

Cair em histerias e responder a um golpe com outro golpe não é digno de um grande País.
 
Sergei Lavrov

 

A crise na Ucrânia e as retaliações dos EUA e Europa fizeram as relações com a Rússia cair para o ponto mais baixo desde a Guerra Fria. Na semana passada, a União Europeia acrescentou nomes à lista de pessoas e empresas com limitações de viagem e activos financeiros congelados devido a suspeitas de envolvimento na queda do MH17 da Malaysia Airlines na Ucrânia.

 

Até terça-feira os 28 estados-membros deverão tomar uma decisão definitiva em relação à proposta de sanções da Comissão Europeia, que envolve limitações à venda de equipamento militar e de tecnologia do sector energético, bem como à compra de dívida e acções de bancos em que mais de 50% do capital esteja nas mãos do Estado russo.

 

Sergei Lavrov pediu hoje também que a investigação em torno da queda do MH17.

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