Notícia
ONU: Desde Abril já morreram 1.129 pessoas na Ucrânia
Navanethem Pillay, Alta Comissária para os Direitos Humanos, admitiu esta segunda-feira que o disparo de um míssil sobre o avião da Malaysia Airlines pode ser considerado um crime de guerra.
Num relatório tornado público esta manhã, 28 de Julho, os observadores das Nações Unidas na Ucrânia concluem que, desde Abril, já morreram pelo menos 1.129 pessoas e outras 3.442 ficaram feridas, noticia a agência "Reuters".
No mesmo documento é referido que os combates são cada vez mais intensos nas regiões de Donetsk e Luhansk e que os rebeldes têm escolhido deliberadamente infra-estruturas e serviços públicos, roubado bancos, atacado minas de carvão e explodido redes ferroviárias.
Por outro lado, deixam também críticas ao Governo ucraniano, que acusam de não estar a fazer o suficiente para evitar a morte de civis.
Rússia não vai responder a sanções com "histeria"
Já esta manhã, Moscovo reagiu à nova vaga de sanções da União Europeia, dizendo que não irá responder com "histeria" ou numa lógica de olho por olho. "Posso garantir-vos que vamos ultrapassar todas as dificuldades que podem surgir em algumas áreas da economia e talvez tornarmo-nos mais independentes e mais confiantes nas nossas forças", afirmou esta manhã em conferência de imprensa Sergei Lavrov, ministro dos Negócios Estrangeiros russo, citado pela Reuters. "Não o podemos ignorar. Mas cair em histerias e responder a um golpe com outro golpe não é digno de um grande País."
A crise na Ucrânia e as retaliações dos EUA e Europa fizeram as relações com a Rússia cair para o ponto mais baixo desde a Guerra Fria. Na semana passada, a União Europeia acrescentou nomes à lista de pessoas e empresas com limitações de viagem e activos financeiros congelados devido a suspeitas de envolvimento na queda do MH17 da Malaysia Airlines na Ucrânia.
Até terça-feira os 28 estados-membros deverão tomar uma decisão definitiva em relação à proposta de sanções da Comissão Europeia, que envolve limitações à venda de equipamento militar e de tecnologia do sector energético, bem como à compra de dívida e acções de bancos em que mais de 50% do capital esteja nas mãos do Estado russo.
Sergei Lavrov pediu hoje também que a investigação em torno da queda do MH17.