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Negociações para coligação na Alemanha poderão durar até Janeiro

A formação do novo Governo alemão está dependente de uma negociação entre a CDU de Angela Merkel e o SPD ou os Verdes. Neste momento tudo aponta para os sociais-democratas.

Reuters
30 de Setembro de 2013 às 20:54
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As eleições legislativas na Alemanha, do passado dia 22 de Setembro, determinaram uma vitória significativa e por muitos considerada histórica para a CDU de Merkel, chanceler alemã. Apesar da grande vitória, próxima da maioria absoluta, Merkel garantiu, desde logo, que pretendia formar um Governo de coligação.

 

Esta segunda-feira foi anunciado que a CDU e o SPD irão iniciar as negociações, com vista à formação de Governo, já na próxima sexta-feira em Berlim. Em declarações à AFP, o politólogo alemão Werner Weidenfeld, adverte que se for constatada a inexistência de “possibilidade de acordo sobre um programa, nem haverá negociações”.

 

Mas uma eventual discordância não deverá estar directamente relacionada com o programa político, que é no essencial equivalente. A maior divergência poderá ser a escolha de lugares para cada um dos partidos.

 

A revista alemã “Der Spiegel” refere que apesar de ser provável um acordo entre as partes, as negociações poderão prolongar-se até Dezembro ou Janeiro. O SPD pretende o lugar de ministro das Finanças, reeditando a fórmula da grande coligação formada em 2005, no primeiro mandato de Merkel, quando foi Peer Steinbrück a ocupar aquele cargo.

 

Segundo a “Der Spiegel” o SPD quer, para além das Finanças, preencher mais seis ministérios. Ao contrário da revista alemã, o jornal conservador “Die Welt” escreveu que os sociais-democratas têm como objectivo, com a escolha de ministérios, obrigar a CDU a “abandonar todas as promessas com que Merkel venceu as eleições”. Este jornal conservador insiste que “o mandato que os alemães deram a Angela Merkel foi para que esta continuasse a sua política e não o inverso”.

 

A tendência interna que venha a substituir o líder recentemente derrotado, Steinbrück, poderá ajudar a esclarecer melhor quão difícil será esta negociação. O arrastar no tempo de uma negociação desta importância significará maior indefinição e instabilidade na política europeia, hoje em grande medida dependente da vontade e perspectiva germânicas.

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