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Ministro alemão das Finanças pede contenção na despesa pública

Apesar de suspensas as regras europeias, Christian Lindner avisa os países os Estados-membros que devem traçar planos para reduzirem a dívida, mesmo com a incerteza económica provocada pela guerra na Ucrânia.

O ministro das Finanças alemão, Christian Lindner, acredita que o país pode renunciar ao petróleo russo, apesar das consequências económicas.
Michele Tantussi/Reuters
22 de Maio de 2022 às 11:51
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A suspensão das regras europeias para o défice e a dívida não deve servir de desculpa aos Estados-membros para manterem políticas mais relaxadas de despesa pública, avisa o ministro alemão das Finanças, Christian Lindner.

Em declarações ao Financial Times este fim de semana, o responsável faz um apelo à disciplina orçamental. "O facto de os Estados-membros agora poderem desviar-se do Pacto de Estabilidade e Crescimento não significa que realmente o devam fazer", disse Lindner ao jornal britânico. O Pacto de Estabilidade e Crescimento, que define as regras orçamentais da União Europeia, foi suspenso no início da pandemia covid-19, para permitir a resposta dos países à recessão económica.

As regras deveriam ser reintroduzidas no início do próximo ano, mas a guerra na Ucrânia e o aumento dos preços da energia poderá levar a um novo adiamento para 2024. O executivo comunitário deverá apresentar já esta semana a proposta. De acordo com as regras do PEC, os Estados-membros devem apresentar um défice abaixo dos 3% do PIB e uma dívida de 60% do PIB. Mas há países que defendem uma alteração das regras, em concreto do ritmo de redução da dívida que se encontra acima daquele tecto.

O ministro das Finanças da Alemanha indicou que se opõe à alteração do quadro orçamental europeu, afirmando que a "decisão de prorrogar a cláusula de escape não deve ser visto como um precedente ou prelúdio para a alteração das regras orçamentais".
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