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Maria Luís Albuquerque: Presidência do Eurogrupo é "grande elogio" a Portugal

A antiga ministra das Finanças Maria Luís Albuquerque acredita que Portugal vai sair prestigiado com a presidência do Eurogrupo de Mário Centeno e que o cargo é um "grande elogio" à evolução do país.

Miguel Baltazar/Negócios
20 de Fevereiro de 2018 às 12:37
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"Reconhecer-se a um ministro das Finanças português o estatuto, e não estou a falar em termos pessoais, mas como representante do país, [de presidente do Eurogrupo,] passando pelo que nós passámos há tão pouco tempo, é um grande elogio ao trabalho que todos fizemos", considerou a anterior ministra das Finanças, que falou aos jornalistas à margem da sua intervenção na Conferência Interparlamentar sobre Estabilidade, Coordenação Económica e Governação na União Europeia, no Parlamento Europeu, em Bruxelas.

Questionada sobre o desempenho de Mário Centeno como presidente do fórum dos ministros das Finanças da Zona Euro, Maria Luís Albuquerque recordou que o ministro das Finanças português começou "há muito pouco tempo", mas disse não ter "nenhuma crítica particular a fazer a esta fase inicial".

"Acredito que Portugal sairá sempre prestigiado deste cargo de destaque que o país alcançou", reiterou, assumindo que, quando tutelava a pasta das Finanças, no governo de Pedro Passos Coelho, a presidência do Eurogrupo era inconcebível.

"Nessa altura, a nossa principal preocupação era concluir o programa de ajustamento, pôr o país outra vez a crescer. Estávamos essencialmente focados nisso, não era propriamente o nosso objectivo ter a presidência do Eurogrupo, até porque, em casa, a tarefa era demasiado pesada para que pudesse haver sequer disponibilidade para isso. Dito isto, acho muito positivo que o país tenha conseguido evoluir a ponto de essa questão hoje ser uma realidade", completou.

A antiga ministra das Finanças acredita que Mário Centeno vá "com certeza" corresponder como presidente do Eurogrupo, um cargo "sempre muito difícil".

"É um cargo de muita responsabilidade na coordenação de sensibilidades muito diferentes. As discussões dentro de Eurogrupo são muito vivas, as pessoas são muito frontais, muito mais do que em outros fóruns em que estive presente, e, portanto, isso torna a coordenação do grupo mais desafiante. Também o papel que o presidente do Eurogrupo tem enquanto representante de um conjunto de países é uma responsabilidade muito grande", resumiu.

O ministro das Finanças português, Mário Centeno, assumiu formalmente, em 12 de Janeiro, a liderança do Eurogrupo, tendo decorrido no dia 22 do mesmo mês a primeira reunião daquele fórum sob a sua presidência.
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