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Mais de 100 detidos em distúrbios em Paris nos protestos dos ‘coletes amarelos’
O 18º sábado de protestos consecutivos dos coletes amarelos foi particularmente violento. Autoridades falam em 10 mil manifestantes, dos quais 1.500 eram ultraviolentos. Era um protesto especial que marcava o final do debate nacional lançado por Emmanuel Macron, em resposta às reivindicações dos coletes amarelos.
A polícia de Paris anunciou que mais de 100 pessoas foram detidas hoje devido aos violentos distúrbios ocorridos durante os protestos dos "coletes amarelos" na capital francesa.
No 18.º fim de semana consecutivo de manifestações contra o presidente Emmanuel Macron, várias lojas foram pilhadas e incendiadas no centro de Paris e os manifestantes confrontaram a polícia, que respondeu com gás lacrimogéneo e canhões de água.
O primeiro-ministro francês, Edouard Philippe, que se deslocou aos Campos Elísios, a avenida que atravessa o centro de Paris, para mostrar apoio à polícia antimotim e aos bombeiros, prometeu "punir severamente" os radicais responsáveis pela violência "inaceitável".
Philippe considerou que "os que desculpam ou encorajam" tais atos tornam-se "cúmplices". O ministro do Interior, Christophe Castaner, criticou a ação de "profissionais da desordem" e pediu ao responsável pela polícia para responder "com a maior firmeza".
Castaner indicou que cerca de 1.500 militantes "ultraviolentos" se infiltraram entre os cerca de 10.000 que se manifestaram em Paris.
Segundo as autoridades, 14.500 pessoas manifestavam-se em toda a França às 13:00 TMG (mesma hora em Lisboa).
O número de manifestantes tinha vindo a diminuir nos últimos fins de semana e os organizadores esperavam dar hoje nova vida ao movimento.
As ações de hoje marcam também o fim de um debate nacional organizado por Macron durante dois meses para responder às preocupações dos manifestantes: diminuição do nível de vida, salários estagnados e elevado desemprego.