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Londres estuda exigência de certificado digital e teletrabalho para conter ómicron

Executivo britânico vai reunir-se ainda esta quarta-feira para decidir "plano B" para travar contágios com a nova variante. Exigência de certificado de vacinação para grandes eventos e o regresso ao teletrabalho são algumas das restrições em cima da mesa de discussão.

EPA
08 de Dezembro de 2021 às 12:09
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O Reino Unido está a planear adotar novas restrições para travar o número de contágios com a ómicron, a nova variante da covid-19. Entre as medidas que poderão ser anunciadas pelo primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, estão a exigência de certificado de vacinação para grandes eventos e o regresso ao teletrabalho.

Fontes próximas do Governo britânico revelaram ao jornal Financial Times que o novo pacote de medidas que está a ser estudado consiste num "plano B" de Boris Johnson para conter a ómicron no país, numa altura em que ainda não se sabe se esta nova variante da covid-19 será mais contagiosa e letal do que as restantes.

Para decidir sobre as novas medidas, o Executivo britânico vai reunir-se ainda esta quarta-feira. Caso o "plano B" avance, prevê-se que as novas restrições sejam conhecidas nas próximas horas. A intenção do primeiro-ministro britânico, segundo as fontes citadas pelo Financial Times, é que o teletrabalho passe a ser recomendado a partir já desta quarta-feira.

A recuperação da exigência de certificado digital covid-19 poderá ser outra medida a avançar, depois de ter feito parte dos planos do Governo no Inverno passado mas ter acabado por não ser implementada na Inglaterra. O certificado de vacinação é, no entanto, exigido já na Irlanda do Norte e no País de Gales, que integram o Reino Unido. 

Esta terça-feira, Boris Johnson comentou com outros ministros britânicos que está "cada vez mais preocupado" com os contágios com a ómicron devido à multiplicação de casos na África do Sul.

Por enquanto, o Reino Unido tem estado empenhado em dar seguimento à iniciativa de vacinar todos os adultos contra a covid-19 com uma terceira dose, até ao final de janeiro. Isto implica administrar mais de 14 milhões vacinas em dois meses para todos os maiores de 18 anos. O intervalo entre a segunda e terceira dose foi ainda reduzido de seis para três meses.

As novas medidas surgem numa altura em que Boris Johnson está debaixo de fogo, depois de ter sido publicado, na imprensa local, um vídeo que mostra que o Governo britânico realizou uma festa de Natal no ano passado, quando já estavam em vigor no país fortes medidas restritivas para travar a pandemia no Inverno.
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