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Lei sobre influência estrangeira aprovada na Geórgia preocupa França e Alemanha

Emanuel Macron e Olaf Scholz consideram que a lei vai contra os os valores europeus. Geórgia é candidata à entrada na União Europeia.

Reuters
19 de Maio de 2024 às 13:50
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A França e a Alemanha estão "profundamente preocupadas com a situação na Geórgia", onde o parlamento adotou uma lei controversa sobre a "influência estrangeira" que vai "contra os valores europeus", noticiou a AFP, citando o Presidente francês.

Segundo adianta a AFP, esta preocupação foi manifestada pelo Presidente francês, Emmanuel Macron, numa mensagem no Facebook, também assinada pelo chanceler alemão, Olaf Scholz.

"Os nossos dois países têm sido fervorosos defensores do caminho europeu da Geórgia", que é candidata à adesão à União Europeia desde dezembro, e "é com profundo pesar que registamos a decisão do governo georgiano e do partido no poder de se afastar desse caminho", referem ainda o Presidente francês e o chanceler alemão.

Entretanto, o partido no poder na Geórgia - "Sonho Georgiano" - está pronto a alterar a controversa lei sobre agentes estrangeiros, que causou protestos em massa neste país do Cáucaso, se as objeções ocidentais forem "justas", conforme noticiou a EFE.

Esta posição flexível face à lei em causa, que motivou protestos devido à semelhança com as regras repressivas da Rússia, foi transmitida à EFE por Nikoloz Samjaradze, presidente da comissão parlamentar de relações externas.

"Por enquanto, a Geórgia só ouve declarações políticas, mas espera e está pronta a ouvir objeções jurídicas justas e a alterar a lei se existirem pontos específicos que contradigam as normas europeias", referiu.

Samjaradze diz que aqueles que criticam a lei são superficiais, porque desconhecem a situação no Cáucaso do Sul e "todos os perigos decorrentes da ocupação russa", aludindo ao reconhecimento pelo Kremlin da independência das regiões separatistas da Ossétia do Sul e da Abcásia.

"Se virmos uma atitude construtiva, se ouvirmos objeções justas das instituições ocidentais (Comissão Europeia e Organização para a Segurança e Cooperação da Europa) tê-las-emos em conta e introduzi-las-emos na lei", observou.

 

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