Notícia
Jeremy Hunt prepara orçamento para tapar buraco de 50 mil milhões de libras
Após o fracasso do mini-orçamento de Kwasi Kwarteng, o atual ministro das Finanças deve apresentar a 17 de novembro um novo plano para as contas do Reino Unido. Em causa está o aumento de impostos e corte na despesa que poderá ascender aos 54 mil milhões de libras.
O ministro das Finanças britânico, Jeremy Hunt, está a dez dias de entregar o Orçamento de Estado. A apresentação do documento tinha estado prevista para 31 outubro, mas acabou por ser adiada para 17 de novembro, tendo sido entregue na manhã desta segunda-feira ao gabinete de controlo orçamental (OBR, na sigla em inglês). Algo que não tinha sido feito com o mini-orçamento do antigo Executivo de Liz Truss e foi inclusive uma das razões apontadas para toda a turbulência que se gerou de seguida nos mercados.
De acordo com o Financial Times, entre as propostas estão aumento de impostos e o corte nas despesas do Executivo num valor que pode ascender aos 54 mil milhões de libras, com o objetivo de preencher o enorme buraco nas finanças do Reino Unido, que deve rondar os 40 mil milhões.
O corte nas contas do Estado deverá rondar os 33 mil milhões de libras, ao passo que o aumento de impostos deve ascender aos 21 mil milhões.
Uma das propostas pretende desbloquear o chamado "triple lock" nas pensões pagas pelo Estado. Este é um mecanismo que assegura que os pagamentos de pensões evoluem em linha com a inflação, ou com rendimento médio ou ainda 2,5% - o valor que for mais elevado. Hunt poderia assim indexar as pensões ao rendimento médio, em vez da inflação que se encontra nos dois dígitos nas últimas duas leituras.
Uma das formas de aumentar as receitas a ser considerada são as chamadas "stealth taxes", uma espécie de imposto indireto, que poderia ser aplicado através do congelamento dos limites dos impostos sobre o rendimento por mais dois anos até 2027/2028, de forma a que, à medida que aumenta o vencimento, o imposto também suba.
Entre outras propostas, está a ser considerado o aumento da tributação sobre dividendos de ações, bem como um corte nas reduções ou isenção de impostos sobre os ganhos com dividendos. Estará ainda a ser examinado cortar os benefícios fiscais relativamente ao imposto sobre mais-valias, que é pago sobre as ações e segundas casas.
É também esperado que o Estado comece a cobrar um imposto especial sobre veículos elétricos pela primeira vez.
De acordo com o jornal financeiro britânico, caso sejam necessárias maiores poupanças poderá existir um corte relativamente aos gastos com política externa, que tinha sido reduzida de 0,7% do PIB para 0,5% durante a liderança de Boris Johnson, mas havia sido prometida uma retoma em 2024. Ainda assim, Hunt poderá estender essa política até 2027/2028, poupando cerca de 5 mil milhões de libras por ano.
O atual ministro das Finanças de Rishi Sunak deverá procurar a todo o custo recuperar a confiança dos mercados, depois da montanha-russa que culminou na saída da antiga primeira-ministra, Liz Truss.
Tudo isto acontece, após o Banco de Inglaterra ter revelado que o Reino Unido estava em risco de ter a maior recessão num século.
De acordo com o Financial Times, entre as propostas estão aumento de impostos e o corte nas despesas do Executivo num valor que pode ascender aos 54 mil milhões de libras, com o objetivo de preencher o enorme buraco nas finanças do Reino Unido, que deve rondar os 40 mil milhões.
Uma das propostas pretende desbloquear o chamado "triple lock" nas pensões pagas pelo Estado. Este é um mecanismo que assegura que os pagamentos de pensões evoluem em linha com a inflação, ou com rendimento médio ou ainda 2,5% - o valor que for mais elevado. Hunt poderia assim indexar as pensões ao rendimento médio, em vez da inflação que se encontra nos dois dígitos nas últimas duas leituras.
Uma das formas de aumentar as receitas a ser considerada são as chamadas "stealth taxes", uma espécie de imposto indireto, que poderia ser aplicado através do congelamento dos limites dos impostos sobre o rendimento por mais dois anos até 2027/2028, de forma a que, à medida que aumenta o vencimento, o imposto também suba.
Entre outras propostas, está a ser considerado o aumento da tributação sobre dividendos de ações, bem como um corte nas reduções ou isenção de impostos sobre os ganhos com dividendos. Estará ainda a ser examinado cortar os benefícios fiscais relativamente ao imposto sobre mais-valias, que é pago sobre as ações e segundas casas.
É também esperado que o Estado comece a cobrar um imposto especial sobre veículos elétricos pela primeira vez.
De acordo com o jornal financeiro britânico, caso sejam necessárias maiores poupanças poderá existir um corte relativamente aos gastos com política externa, que tinha sido reduzida de 0,7% do PIB para 0,5% durante a liderança de Boris Johnson, mas havia sido prometida uma retoma em 2024. Ainda assim, Hunt poderá estender essa política até 2027/2028, poupando cerca de 5 mil milhões de libras por ano.
O atual ministro das Finanças de Rishi Sunak deverá procurar a todo o custo recuperar a confiança dos mercados, depois da montanha-russa que culminou na saída da antiga primeira-ministra, Liz Truss.
Tudo isto acontece, após o Banco de Inglaterra ter revelado que o Reino Unido estava em risco de ter a maior recessão num século.