Notícia
Guerra comercial? Excedente da UE na balança corrente com os EUA sobe 50%
A balança corrente, que agrega bens e serviços mas não só, entre a UE e os EUA passou a ser ainda mais favorável para os Estados-membros no segundo trimestre, altura em que a guerra comercial começou a ter efeitos práticos.
O excedente da balança corrente entre o conjunto dos Estados-membros da União Europeia e os Estados Unidos continuou a alargar-se no segundo trimestre deste ano. Ao todo são 44,7 mil milhões de euros que abonam a favor da UE, o que compara com 29,8 mil milhões de euros no mesmo período do ano passado. Os números foram divulgados pelo Eurostat esta quarta-feira, 3 de Outubro.
A balança corrente regista a exportação e a importação de bens e serviços, mas agrega também os pagamentos e recebimentos associados a rendimento primário (por exemplo, juros e dividendos) e a rendimento secundário (por exemplo, transferências correntes). É um indicador que dá uma imagem mais ampla sobre os fluxos económicos entre os dois Estados.
Um ano depois - e já com a guerra comercial em andamento com a taxa aduaneira sobre o aço e o alumínio a entrar em vigor em Junho -, o excedente da balança corrente que a União Europeia tem com os EUA aumentou 50%.
Este aumento foi determinante para que, no total, a UE registasse um excedente da balança corrente com o mundo de 36,6 mil milhões de euros, acima dos 18,2 mil milhões de euros registados há um ano. Ou seja, duplicou.
A dar um contributo positivo esteve também a China. A União Europeia tem um défice corrente com a economia chinesa, mas esse défice desceu de 22,9 mil milhões de euros para 17,3 mil milhões de euros, em termos homólogos, no segundo trimestre.
Portugal registou um curto défice corrente de dois mil milhões. O grande défice corrente foi registado pelo Reino Unido com 20,7 mil milhões de euros.
Os valores registados pela Alemanha e pelo Reino Unido justificam o porquê de a Zona Euro ter um excedente corrente bem maior do que o conjunto da União Europeia (ver gráfico acima).
Quanto à balança de pagamentos, que agrega ainda a balança de capital e a balança financeira, o panorama é diferente. Com a redução abrupta de investimento norte-americano na Europa (-29.8 mil milhões de euros face aos 20,5 mil milhões de euros no segundo trimestre de 2017), a balança financeira deu um contributo negativo, prejudicando o excedente da balança de pagamentos que passou de 68,2 mil milhões de euros (1,7% do PIB da UE) para 62 mil milhões de euros (1,6% do PIB da UE).
A balança corrente regista a exportação e a importação de bens e serviços, mas agrega também os pagamentos e recebimentos associados a rendimento primário (por exemplo, juros e dividendos) e a rendimento secundário (por exemplo, transferências correntes). É um indicador que dá uma imagem mais ampla sobre os fluxos económicos entre os dois Estados.
Este aumento foi determinante para que, no total, a UE registasse um excedente da balança corrente com o mundo de 36,6 mil milhões de euros, acima dos 18,2 mil milhões de euros registados há um ano. Ou seja, duplicou.
A dar um contributo positivo esteve também a China. A União Europeia tem um défice corrente com a economia chinesa, mas esse défice desceu de 22,9 mil milhões de euros para 17,3 mil milhões de euros, em termos homólogos, no segundo trimestre.
Quanto aos países que mais contribuíram para o excedente da UE, a Alemanha continua a destacar-se ao ser responsável por um excedente de 63,8 mil milhões, acima dos 53,6 mil milhões de euros no mesmo período do ano passado. O segundo maior excedente é o da Holanda com 16,8 mil milhões, seguindo-se Itália com 10,5 mil milhões e a Irlanda com 10,2 mil milhões.EU current account surplus €62.0 bn in Q2 2018, +€54.0 bn for trade in services https://t.co/Ae1kbPZcto pic.twitter.com/OBNkLb3sGg
— EU_Eurostat (@EU_Eurostat) 3 de outubro de 2018
Portugal registou um curto défice corrente de dois mil milhões. O grande défice corrente foi registado pelo Reino Unido com 20,7 mil milhões de euros.
Os valores registados pela Alemanha e pelo Reino Unido justificam o porquê de a Zona Euro ter um excedente corrente bem maior do que o conjunto da União Europeia (ver gráfico acima).
Quanto à balança de pagamentos, que agrega ainda a balança de capital e a balança financeira, o panorama é diferente. Com a redução abrupta de investimento norte-americano na Europa (-29.8 mil milhões de euros face aos 20,5 mil milhões de euros no segundo trimestre de 2017), a balança financeira deu um contributo negativo, prejudicando o excedente da balança de pagamentos que passou de 68,2 mil milhões de euros (1,7% do PIB da UE) para 62 mil milhões de euros (1,6% do PIB da UE).